Equador reduziu emissões de CO2, destaca FAO
O Equador demonstrou um alto compromisso com os esforços globais para mitigar as mudanças climáticas, reduzindo suas emissões de gases de efeito estufa derivadas do desmatamento e degradação florestal e promovendo a conservação e manejo sustentável dos bosques e o aumento das reservas de carbono, assinalou a FAO.
Publicado 03/10/2013 15:08
Devido a isso, em agosto deste ano, Noruega e Alemanha assinaram um acordo de cooperação para pagar por resultados através da redução de emissões pelo desmatamento efetivamente verificadas no Equador. A Alemanha também deve conceder USD 2,6 milhões adicionais de cooperação técnica para fortalecer as capacidades nacionais no Equador.
Os pagamentos pela redução nas emissões de carbono florestal serão utilizados pelo Equador para financiar atividades e projetos REDD+, fortalecer a governança florestal, o sistema de medição, reporte e verificação de emissões reduzidas e no desenvolvimento de iniciativas e mecanismos REDD+, com atenção especial para o controle florestal e para o programa "Sócio Bosque”, que apoia os agricultores que conservam terras com cobertura florestal em suas propriedades, em áreas próprias do país.
Eduardo Noboa, subsecretário de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente do Equador, disse que tal Ministério "se comprometeu até o fim deste ano a apresentar informações a respeito da redução de emissões existentes que poderiam ser remuneradas, junto com o teor de carbono por tipo de bosque, e o valor da contribuição própria do país e o "buffer” (tampão) para mitigar o risco de não permanência e de fugas”.
O representante da FAO no Equador, Pedro Pablo Peña, disse que "os esforços feitos pelo Equador para promover REDD+ estão dando resultados em benefícios concretos para o país, em termos econômicos, além dos benefícios sociais e ambientais vinculados. A FAO continuará cooperando com o Governo para que se concretize este acordo, através do Programa UN REDD, que é executado de maneira coordenada entre FAO, PNUD e PNUMA”.
Este acordo será ratificado para uma vigência de quatro anos, uma vez finalizado o processo de negociação, que avaliará de maneira mais detalhada os avanços do país em reduzir o desmatamento, gerar uma melhor governança florestal, o fortalecimento do programa de incentivos de Sócio Bosque e o desenvolvimento do sistema nacional de monitoramento florestal.
Cooperação da FAO fortalece o sistema de monitoramento
Por meio do Programa UN REDD+, a FAO coopera com o Equador no fortalecimento do sistema nacional de monitoramento florestal, que inclui a realização do inventário florestal e o mecanismo de medição, reporte e verificação da redução de emissões, elementos importantes para a obtenção do acordo mencionado.
*A notícia é do Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe.