PCdoB de Caxias elege Déo Gomes para dirigir o partido

A conferência transformou-se em um grande ato político de afirmação do projeto socialista do PCdoB, onde aponta as reformas estruturantes necessárias para o país se desenvolver, como a do Judiciário, a Tributária, a da Mídia, a Política, entre outras.

Na escolha da nova direção, o partido ampliou a participação de militantes, passando de 27 para 35 o número de integrantes do diretório, abrindo espaço para o novo, como o vereador mais jovem da história da cidade Rafael Bueno, mas preservando o velho para dar a direção política dentro da essência ideológica que fundamenta o PCdoB há mais de 90 anos. Na ocasião, também foram eleitos os 106 delegados que participarão, no próximo sábado e domingo, da conferência estadual em Porto Alegre.

Além de escolher a nova direção, a conferência serviu para os militantes debaterem as teses do partido para o 13º Congresso, que ocorre de 13 a 16 de novembro em São Paulo, avaliar os 10 anos do governo federal, fazer um balanço dos dois anos da direção, que findou neste sábado, e projetar o futuro, abrindo caminho para o novo trilhar. Durante a atividade, João Carlos Berti, ex-vice do deputado federal Assis Melo na chapa que concorreu à prefeitura de Caxias em 2012, assinou ficha no partido, deixando para trás a condição de presidente do PPS. O ingresso de Berti ao PCdoB foi avalizado pelo secretário nacional de Formação do partido e presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro. Mas, Berti não foi o único a aderir ao partido. Outros 10 participantes, entre eles mulheres e trabalhadores, também assinaram ficha. O presidente do Sindicato dos Servidores de Caxias do Sul (SindServ), João Dorlan, sem partido, prestigiou a atividade na parte da manhã.

Ao abordar as teses do partido, Adalberto Monteiro, destacou a importância de estar em Caxias do Sul por ser um dos municípios do país com fortes raízes com trabalhadores e a classe operária, “essência do PCdoB, que tem a foice e o martelo como símbolos, e elegeu um representante dos metalúrgicos para ser deputado federal.” Ao discorrer sobre a década dos governos de Lula e Dilma, o dirigente nacional enalteceu os programas sociais como o bolsa família, política de cotas e a distribuição de renda, que permitiram tirar mais de 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza e da miséria, mas reafirmou a posição do partido de continuar lutando pelas reformas estruturantes que o Brasil precisa para avançar nas mudanças. Adalberto fez ainda um resgate da crise econômica mundial, provocada pelo enfraquecimento do capitalismo, fazendo uma abordagem histórica com um resgate do nazifascismo e à crise de 1929 que desencadeou a II Guerra Mundial. Teceu críticas ao sistema capitalista ao destacar que usa a especulação financeira para visar apenas o lucro e o dinheiro fácil.

Na sua intervenção, Assis reforçou que o partido é um instrumento político para fazer as lutas do povo e convocou a militância a empunhar as bandeiras, com garra, para defender as mudanças que o país precisa. A fala de Assis foi coroada por outras manifestações vindas da secretária estadual de Turismo, Abgail Pereira, do presidente Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor, entre outras manifestações de lideranças e militantes.

De Caxias do Sul,
Roberto Dias Carlos