RJ e em SP: Milhares em manifestação de apoio aos professores
Na noite desta segunda-feira (7), dois atos, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, tiveram como motivo apoio à greve dos professores no Rio e contra a truculência da polícia carioca. Milhares de pessoas saíram às ruas em protestos que começaram pacíficos, mas culminaram em atos violentos.
Publicado 08/10/2013 11:05
Em São Paulo, os protestos ocorreram na Avenida Paulista e em frente ao Teatro Municipal, no Centro; os manifestantes apoiavam ainda a greve de alunos da USP, que defendem eleições diretas para reitor. O ato, segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre, faz parte de um calendário de mobilização, que prevê manifestações até quinta-feira (10), quando será realizada outra assembleia de estudantes.
De acordo com informações das agências de notícias, os manifestantes cantavam paródias contra os governadores Geraldo Alckmin de SP e Sergio Cabral, do Rio.
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Em São Paulo, a confusão começou quando manifestantes jogaram bombas contra policiais. Alguns ativistas atearam fogo em objetos e fizeram barricadas na Avenida Ipiranga e na Rua Barão de Itapetininga. Até o fim da noite, destruíram orelhões, bancas de jornal e agências bancárias. Também houve depredações contra ônibus e viraram um carro policial. Alguns ativistas mascarados usaram pedras, metais e madeira para quebrar vidraças de agências bancárias e lojas. A polícia interveio e dispersou a manifestação. Ao todo, sete pessoas se feriram (quatro delas PMs) e nove acabaram detidas, conforme apurou a Agência Brasil.
Manifestação no Rio
Já no Rio de Janeiro milhares de pessoas seguiram o protesto dos professores estaduais e municipais, que lutam por melhores estruturas no plano de carreira e condições de trabalho. Eles reivindicam também aumento salarial e salários unificados. A manifestação também foi crítica em relação à truculência da Polícia Militar, que na última semana agiu com violência contra os educadores.
Os professores do Rio estão em greve desde o dia 8 de agosto. A categoria também é contrária à proposta de reajuste do governo. Estima-se que a greve conta com uma aderência de 81% das escolas da rede municipal.
Sindicalistas, estudantes e representantes de movimentos sociais se juntaram aos professores na mobilização, que começou na Praça da Candelária e reuniu cerca de 10 mil pessoas, de acordo com a PM. Cifra que muda bastante segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), que estimou mais de 50 mil pessoas na manifestação.
A marcha terminou em confusão após a tentativa de um grupo de pessoas de invadir a Câmara dos Vereadores. Por volta das 20 horas, manifestantes mascarados tentavam arrombar a entrada lateral da Câmara Municipal. Nesse momento, o protesto estava divido em dois: um movido pelos professores, em frente à casa legislativa. Outro, por ativistas Black Blocs, que tentavam invadir o prédio. Após o início do tumulto, professores deixaram a Cinelândia por não concordarem com o protesto violento.
Durante a Conferência Municipal do PCdoB no Rio de Janeiro, no último final de semana, o Partido aprovou uma moção em apoio à greve dos profissionais da educação, destacando os ataques à democracia e à luta do povo.
Da Redação do Vermelho,
Com informações de agências de notícias