Comunidades sul-americanas iniciam o Mercosul Indígena 

No sábado (12), foi lançado no estado venezuelano de Bolívar, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) Indígena, que congrega movimentos sociais e representantes dos povos originários das 12 nações que formam o organismo multinacional (entre membros plenos, associados e observadores). 

Comunidades sul-americanas iniciam o Mercosul Indígena - Racismo Ambiental

A ministra dos Povos Indígenas, Aloha Nuñez, indicou que o Mercosul Indígena "busca a incorporação do legado dos povos originários às distintas agendas de trabalho das reuniões da estrutura institucional do bloco e propõe a criação de um órgão especializado para o tratamento das questões indígenas dentro do bloco”.

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, disse, durante a instalação do primeiro Foro Indígena do Mercado Comum do Sul, que o governo venezuelano também impulsionará o lançamento do Mercosul trabalhador. Este mecanismo servirá para "que os trabalhadores, em todos os nossos países, possam também ter um espaço dentro do intercâmbio comercial e produtivo”, explicou. A implementação do Foro Indígena permitirá a incorporação, "desde seus costumes e suas formas”, a uma dinâmica produtiva dos povos indígenas, disse o chanceler.

O Mercosul reivindicará a identidade cultural originária da região e desenvolverá foros para debater o tema da restituição de todo o patrimônio indígena confiscado, acrescentou Jaua. Além de liberar as terras, os governos também devem ser capazes de acompanhar e impulsionar a produção e o desenvolvimento das atividades produtivas nas mãos das comunidades indígenas, "desde os próprios métodos e costumes ancestrais” e empregando as ferramentas que necessitem para seu desenvolvimento econômico e produtivo.

Fonte: Adital