América Latina e Caribe são premiados por desarmamento nuclear

A América Latina e o Caribe foram homenageados pela Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (23), por seu programa de desarmamento, com o prêmio Política do Futuro 2013. Durante a cerimônia, na sede da organização, o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe logrou o primeiro lugar entre 24 nomeados para o prêmio.

Opanal - Opanal

O tratado latino-americano e caribenho recebeu o título do reconhecimento outorgado pelo Conselho Mundial do Futuro, em colaboração com o Departamento da ONU para os Assuntos de Desarmamento e da União Interparlamentar.

A Argentina e a Nova Zelândia também receberam o título de prata pelo Programa Nacional de Desarmamento Voluntário e pela Lei de uma Nova Zelândia Livre de Armas Nucleares, respectivamente.

Além disso, também receberam menções de honra Bélgica, Costa Rica, Mongólia, Moçambique e África do Sul por suas políticas de desarmamento.

O Tratado de Tlatelolco latino-americano e caribenho está em vigor desde 25 de abril de 1969, e estabelece a desnuclearização do território regional.

O compromisso foi proposto pelo então presidente do México, Adolfo López Mateos, e impulsionado pelo diplomata mexicano Alfonso García Robles, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1982 por seus esforços de redução das armas nucleares.

A organização encarregada de vigiar o cumprimento do tratado se denomina Organização para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Opanal).

O tratado foi reconhecido como vencedor do prêmio da ONU pela sua contribuição à paz e à segurança regionais, além de ser considerado uma inspiração para que outras zonas do mundo declarem-se livres do perigo representado na atualidade por cerca de 23 mil artefatos nucleares.

De acordo com a página oficial da Opanal, em agosto, em uma Conferência Geral, os 33 países membros aprovaram a Agência Estratégica de diversos eixos. Entre eles, o objetivo é lograr garantias de segurança para todos os Estados da zona livre de armas nucleares da América Latina e do Caribe por parte dos Estados possuidores de armas nucleares.

Além disso, os países membros devem contribuir efetivamente ao alcance do desarmamento nuclear geral e completo, impulsionando ações no âmbito multilateral para a negação e adoção de um instrumento universal juridicamente vinculante que proíba as armas nucleares; e impulsionar a educação para o desarmamento nuclear e a não-proliferação, assim como a divulgação do importante trabalho do organismo.

Com HispanTV
Tradução da redação do Vermelho