Ângela Almeida: Cultura, direito essencial para o desenvolvimento

Nos últimos 10 anos, a cultura foi colocada em um novo patamar. Diferentes setores da sociedade civil repensaram a centralidade da cultura para o fortalecimento do país, alinhando esse setor a uma proposta de desenvolvimento nacional. Para entender esse processo a Rádio Vermelho conta com a colaboração da pesquisadora gaúcha Ângela Almeida, que refletirá conosco sobre o papel da cultura nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Durante a reflexão, Ângela Almeida, que é doutoranda em Letras pela Universidade de Caxias do Sul, destacou que "a área da cultura é uma das áreas que o Brasil mais avançou nos últimos 10 anos. Os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff mudaram a maneira de pensar a cultura e consequentemente o modo de fazer política de cultura no país. Ela hoje ultrapassa as esferas das artes de das letras. E mais, a ideia de cultura extrapolou essas esferas e passou a ser vista também como os modos de vida, pelo viés dos direitos humanos, em tudo que nos referencia ao ideal de nação".

Para além de todos os ganhos nesse setor, a pesquisadora destacou como o maior, o reconhecimento da cultura como um direito do cidadão, basta observar o foco das políticas públicas de cultura para os públicos, por exemplo. Ângela Almeida aida salientou que ações como a instituição do Vale Cultura demonstra o processo de mudança porque passa esse setor.

Ao citar artigo de autoria dos comunistas Elder Vieira e Javier Alfaya, publicado na Revista Princípios, Ângela destacou que “no governo Lula a cultura foi retirada do quarto dos fundos e posta na sala de estar do Projeto Nacional”. Um fato que retrata bem essa assertiva dos pesquisadores, citou Ângela, é a experiência dos Pontos de Cultura, ação que ganhou amplo espaço em países não só da América Latina, mas também Europa e até Estados Unidos.

No entanto, a colunista da Rádio Vermelho sinalizou que mesmo com avanços importantes ainda "há um longo caminho a ser percorrido com a superação de desafios estratégicos. Entre os quais a pesquisadora destacou a democratização dos meios de comunicação, somos hoje prisioneiros da TV".

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho: