Snowden tem evidências de espionagem dos EUA contra a Rússia

O ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês), o estadunidense Edward Snowden, possui dezenas de documentos relacionados aos programas de espionagem de Washington contra a Rússia, China e Irã, destacaram nesta sexta-feira em Moscou vários meios de comunicação.

Alguns desses textos contêm material sensível a respeito dos planos contra adversários, tais como Rússia, China e Irã, afirma a agência noticiosa ITAR-TASS ao citar declarações de funcionários governamentais estadunidenses ao jornal Washington Post.

Se esses materiais sobre cooperação secreta forem publicados, as operações de inteligência de outros países junto aos Estados Unidos podem estar em risco, afirmaram as fontes.

Acrescentam que os documentos se referem a ações que em alguns casos envolvem nações que publicamente não são aliadas de Washington.

Os processos de troca de informação entre uma capital e outra, ameaçados pelo risco da divulgação, são delicados, advertem os oficiais estadunidenses segundo a ITAR-TASS.

Em alguns casos, uma parte do governo cooperante pode ter conhecimento a respeito dessa colaboração, enquanto outra, como o Ministério de Relações Exteriores, pode não ter, comentaram as fontes.

A agência russa destaca que o escritório do diretor da Agência Nacional de Inteligência se negou a fazer comentários.

A Casa Branca teve que dar explicações esta semana a 35 líderes mundiais sobre a espionagem eletrônica de que têm sido objeto, segundo o jornal britânico The Guardian.

Em particular, a espionagem estadunidense contra líderes políticos europeus incluiu a interceptação de suas conversas telefônicas e de sua correspondência via internet.

Washington fugiu de responder publicamente sobre um dos casos mais escandalosos, a acusação de espionagem telefônica contra a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, não respondeu a perguntas sobre se a NSA haveria espionado no passado um aparelho celular de Angela e indicou que o Governo não vai falar publicamente sobre o assunto.

Fonte: Prensa Latina