Participação política segue em pauta no diálogo de paz das Farc

A participação política é o tema em pauta no reinício, nesta segunda-feira (29), da 16ª rodada do diálogo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) e o governo colombiano. Após uma breve pausa, as partes dão continuidade ao segundo ponto da agenda, em busca um acordo parcial como o conseguido em maio passado em matéria de desenvolvimento agrário.

Participação política segue em pauta no diálogo de paz das Farc - Reprodução/Farc

Como de praxe, o chefe da delegação das Farc-EP, Iván Márquez, leu um comunicado da guerrilha antes do início das práticas através do qual declarou que "nossa vontade é de reconciliação, não de rendição".

As palavras de Márquez são uma resposta às declarações que o presidente Juan Manuel Santos deu no último sábado (26), na cidade de Viotá, quando chamou de “abutres que vivem da morte” aos que se opõem ao processo de paz.

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O chefe da delegação guerrilheira instou as partes a firmar as bases de uma paz estável e duradoura com transformações estruturais no campo político, econômico e social. “A injustiça social, a ausência de democracia, de soberania, essa é a verdadeira mula morta atravessada no caminho da paz”, disse Márquez.

Ao referir-se às 30 cartilhas que recolhem convênios construídos entre as partes, o representante guerrilheiro pediu que os colombianos e a comunidade internacional apoiem os esforços de paz.

Depois de sua ausência na mesa de negociações da sexta-feira (25), o chefe da delegação do governo nas conversas, o ex-vice-presidente Humberto de la Calle, voltou a encabeçar o grupo negociador do governo, mas limitou-se a saudar os repórteres presentes antes do reinício dos trabalhos.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina