Sancionada lei que retoma antigo fuso horário do Acre
O estado do Acre e a parte ocidental do Amazonas retornarão ao antigo fuso horário, com duas horas a menos em relação ao horário de Brasília, a partir do dia 10 de novembro. É o que determina a lei publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (31).
Publicado 01/11/2013 10:51
A nova lei, que põe fim a uma polêmica que durou cinco anos, é resultante de projeto do Poder Executivo, encaminhado à sanção presidencial pelo Senado, após concluir a votação da proposta no início de outubro.
Os fusos dessas duas regiões haviam sido alterados em 2008, pela lei de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC), hoje governador do Acre – que reduziu de duas para uma hora a diferença em relação a Brasília, sob o argumento que a população local sofria prejuízos econômicos, sociais e culturais, principalmente na vigência do horário de verão, quando a diferença passava a ser de três horas. Mas, na época ocorreu uma grande polêmica, porque não houve consulta prévia aos habitantes da região atingida.
Em 2010, no segundo turno da eleição presidencial, foi realizado um referendo sobre o tema e a população do Acre manifestou-se a favor do retorno à hora antiga – 39,2% dos eleitores votaram favoravelmente ao antigo horário e outros 29,7% pela manutenção da diferença de apenas uma hora.
Para que o resultado do referendo produzisse efeitos seria necessária uma nova legislação. Foi então apresentado um projeto com essa finalidade, pelo Senado, que seguiu à sanção presidencial ainda em 2010. Mas a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta integralmente, porque previa o retorno dos fusos horários do Acre, do Amazonas e do Pará à situação vigente antes da edição da lei de Tião Viana, ou seja, extrapolava o resultado da consulta popular, por incluir o Pará e parte do Amazonas, que teriam prejuízos com a medida. Em respeito à vontade da população do Acre, o governo apresentou, então, o projeto que agora já é lei.
Da Redação em Brasília
Com Agência Senado