Polícia procura jovem desaparecida há 18 dias

"A minha filha não usa drogas, não faz nada errado. É uma pessoa linda, querida. Nunca ficou longe de casa sem avisar", diz  Maria Ivoneide de França, mãe de Adriana

Há 18 dias, amigos e familiares de Adriana França Lourenço, 24 anos, fazem uma peregrinação em Brasília e em cidades do Entorno em busca de informações que levem ao paradeiro da jovem. Auxiliar de telemarketing, ela foi vista, pela última vez, em uma parada de ônibus na Quadra 201 de Santa Maria. Saiu de casa para ir ao trabalho, no Setor Comercial Sul. Com apenas um envelope nas mãos e vestindo calça jeans, blusa azul e tamancos pretos, Adriana desapareceu. Até agora, a família só sabe que a moça ligou para o chefe informando que se atrasaria, mas nem sequer chegou ao local. A 33ª DP (Santa Maria) investiga o caso.

Mãe de um menino de 8 anos, Adriana saiu de casa, na Quadra 302 de Santa Maria, por volta das 8h30 de 18 de outubro. Deixou o filho, o irmão e um sobrinho dormindo na casa onde moram. Andou por alguns metros até chegar no ponto de ônibus. No local, encontrou com uma amiga. Conversaram por alguns minutos, quando Adriana se queixou de dores abdominais. Despediram-se e a conhecida entrou em um coletivo antes dela. Desde então, a jovem não foi mais vista ou localizada. Sem pistas, familiares espalharam 5 mil cartazes com a foto dela. Diariamente, vão a hospitais, a delegacias e onde mais acreditem ter informações.

Durante as buscas pela filha, Maria Ivoneide de França, 49 anos, localizou a empresa de ônibus que Adriana utilizava to dos os dias para chegar ao Plano Piloto. No dia que a jovem desapareceu, entretanto, o motorista que levava a moça não passou pelo ponto. “Ele disse que lembrava da minha filha, mas não passou, exatamente naquele dia. Assim, ela pode ter ido de van ou de carona”, conta. A comerciante só sabe que a filha ligou para o chefe. “Acreditamos que, nesse momento, ela já estava com alguém, que pode ter desviado o caminho dela. E o mais triste de tudo é não ter notícias, não saber de nada”, lamenta Maria Ivoneide.

Ajuda
Adriana tem sete irm ãos. É é a mais velha das quatro mulheres. Segundo a família, nunca ficou longe de casa sem avisar. “Eram 24h falando com a gente. A minha irmã me ligava quando eu estava na escola, falava comigo o tempo inteiro”, afirma Lorena Lourenço, 16 anos. A estudante conta que a jovem nunca se queixou de ameaças ou de problemas que estaria passando nos últimos dias. Para tentar localizar jovem, Lorena faz campanha pelas redes sociais e organiza passeatas pelas ruas de Santa Maria. No último domingo, vários carros, bicicletas e pessoas a pé caminharam pela cidade pedindo ajuda para encontrar a moça.