ONU anuncia ajuda econômica para famílias da África Ocidental

Líderes mundiais iniciam uma visita liderada pelas Nações Unidas e prometem mais de 8 bilhões de dólares para impulsionar o crescimento econômico na região do Sahel, na África Ocidental – uma área que tem sofrido ao longo de décadas com a pobreza devastadora, fome e instabilidade.

Mali - PMA/Daouda Guirou

“Os desafios no Sahel não respeitam fronteiras – as nossas soluções também não deveriam. O ciclo de crises pode ser quebrado”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que chegou em Bamako, Mali, nesta segunda-feira (4).

O Sahel sofreu três grandes secas em menos de uma década. Mais de 11 milhões de pessoas estão em risco de fome e 5 milhões de crianças menores de cinco anos estão em risco de desnutrição aguda.

A instabilidade política e as mudanças inconstitucionais de governos tiveram sérias consequências econômicas e sociais na região. Atos terroristas e o crime organizado também ameaçam a estabilidade da região.

O Banco Mundial prometeu 1,5 bilhão de dólares em novos investimentos regionais ao longo dos próximos dois anos, além de programas nacionais.

A União Europeia anunciou que oferecerá 6,75 bilhões dólares para seis países ao longo dos próximos sete anos. “As pessoas da região do Sahel precisam desesperadamente de padrões de vida mais seguros e nossa esperança é que este financiamento ajude a construir um novo caminho para o crescimento econômico da região”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

As promessas do Banco Mundial para os próximos dois anos apoiarão grandes prioridades do desenvolvimentos regional, como redes de segurança social para ajudar as famílias a enfrentar os piores efeitos da adversidade econômica e os desastres naturais, melhorar a infraestrutura e criar oportunidades em áreas rurais.

O financiamento também criará mais hidrelétricas e outras fontes de energia limpa para expandir irrigação e transformar a agricultura, proteger e expandir o pastoreio para mais de 80 milhões de pessoas que vivem na região e dependem dela para se alimentar e sustentar.

Expandir os serviços de saúde para mulheres e meninas, melhorar a comunicação regional e a conectividade entre os países também fazem parte dos objetivos.

Fonte: Centro de Informações da ONU