Emoção marca encontro de Flávio Dino na região Tocantina

“Eu enxergo esse movimento como um grande compromisso que nós assumimos para ver a mudança do Maranhão. A transformação só acontecerá se escutarmos o povo bem escutadinho. Só assim essa realidade vai mudar.” Essas palavras foram ditas pelo líder camponês Manoel da Conceição – maranhense símbolo da luta pela reforma agrária e contra a ditadura militar no Brasil.

A primeira agenda do movimento Diálogos pelo Maranhão na região Tocantina neste fim de semana (9 e 10 de novembro) deu lugar ao debate com trabalhadores, sindicalistas e líderes camponeses do sul do estado. A homenagem prestada por Manoel da Conceição – líder camponês que fez história na luta contra a ditadura militar nas décadas de 1960 a 1980 – foi o destaque da manhã de sábado.

Na reunião realizada entre Flávio Dino (PCdoB), pré-candidato a governador do Estado, trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais da região Tocantina renovou o debate acerca da promoção de um estado com maior Justiça Social para todos.

Com dezenas de lideranças presentes, a reunião foi marcada pelo contato direto de Flávio Dino com os representantes de vários segmentos da sociedade da região Tocantina. Professores, trabalhadores rurais, agentes de saúde, líderes religiosos, presidentes de associações de bairros e de comunidades carentes se somaram ao evento para relatar os problemas que afligem a região.

André Dias, professor e presidente do sindicato de classes na região, afirmou que a maior preocupação dos docentes é com o descaso do atual governo com a educação e mostrou preocupação com o corte de mais de R$ 23 milhões no orçamento destinado à Educação estadual.

O evento contou ainda com a participação dos deputados federais Simplício Araújo (SDD), Domingos Dutra (SDD) e Weverton Rocha (PDT), estaduais Marcelo Tavares (PSB), Carlinhos Amorim (PDT) e Raimundo Cutrim (PCdoB).

Prioridade para investimentos sociais e de desenvolvimento regional

Nas conversas com os trabalhadores, Flávio Dino ouviu as preocupações relacionadas à falta de investimento em áreas importantes como a Educação e o Saneamento Básico. O destaque ao sucateamento da Companhia de Água e Esgoto que recentemente deu origem a uma crise de abastecimento na cidade foi pauta central.

Flávio Dino afirmou que a origem de todo esse problema é um governo que não prioriza as pessoas, preocupado apenas com poder e eleição. Como exemplo, Dino citou a proposta de orçamento enviada pelo Governo do Estado para ser votada na Assembleia Legislativa até dezembro. Educação e Caema tiveram cortes de R$ 23 milhões e R$ 178 milhões, respectivamente.

“Apesar de haver uma ampliação de recursos disponíveis, existe uma redução de investimento em áreas prioritárias. A nossa luta não é para alterar o rótulo, mas para alterar o conteúdo da política maranhense e da qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos maranhenses”, concluiu.

Fonte: Diálogos pelo Maranhão