UBM envia nota de repúdio sobre demissão em massa na Semp Toshiba

Nesta segunda-feira (02/12), a União Brasileira de Mulheres (UBM) divulgou nota de repúdio por conta da demissão de quase 300 funcionários e funcionárias da empresa Semp Toshiba, instalada em Salvador. Após 15 anos de funcionamento, a unidade fechou as portas e demitiu mulheres grávidas, de licença maternidade e outras afastadas por causa de lesões repetitivas. Abaixo, a nota na íntegra.

“A União Brasileira de Mulheres (UBM) repudia a iniciativa da empresa Semp Toshiba, responsável pela fabricação de produtos eletrônicos como celular e computadores, que no dia 29 de novembro de 2013, demitiu aproximadamente 300 trabalhadores e trabalhadoras, sendo que algumas estão grávidas, outras gozando de licença maternidade e outras afastadas pelo INSS por lesões causadas pelo trabalho repetitivo. A empresa estava em funcionamento na capital baiana há 15 anos.

As demissões pegaram a todos de surpresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia entrou com ação na Superintendência do Trabalho. Agora, o Sindicato espera que a empresa tenha a dignidade de aparecer para prestar declarações e reverter o quadro destes trabalhadores e trabalhadoras, que são explorados pelo capitalismo na sua prática ilegal e imoral.

Homens e mulheres são oprimidos em detrimento do lucro e, depois, eles são descartados como “coisas” sem a mínima preocupação com o lado social que uma empresa representa, sobretudo para a sociedade local e o próprio Estado, já que recebe incentivos fiscais para se estabelecer em determinado município.

A Toshiba alegou que fechou as portas por causa “da elevação dos juros e do valor do dólar frente à moeda brasileira”. Este é mais um exemplo do sistema capitalista, cruel e explorador, que vai deixando rastros de sangue e dor entre a classe operária onde quer que ele exista.

A demissão em massa deixou sem emprego muitas mulheres que estão passando por momentos delicados em sua vida, a exemplo da gravidez e da licença-maternidade. É preciso que as empresas valorizem mais seus profissionais e cumpram a lei com rigor, pois a demissão dessas mulheres representa uma infração legal e injustiça social.

Direção da União Brasileira de Mulheres (UBM)”

De Salvador,

Ana Emília Ribeiro