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Comunistas reforçam luta e convocam: Mais mulher na política

Foi lançada, nesta quarta-feira (11), em Brasília, o livreto Mais Mulher na Política, uma iniciativa da Procuradoria da Mulher do Senado, que tem como objetivo mostrar a baixa presença da mulher na política e marcar a segunda fase da campanha “Mulher, Tome Partido!”, movimento de conscientização das mulheres para que ocupem cada vez mais os espaços na política.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

De acordo com a procuradora especial da Mulher do Senado, Vanessa Grazziotin, primeira parlamentar a ocupar o cargo criado no início do ano, isso acontece porque a lei não prevê punição ao partido que não repassar os recursos do fundo partidário para promover a participação feminina.

"Essa realidade representa um enorme prejuízo, pois atrasa ainda mais a busca da igualdade de gênero na representatividade política do país", afirma Vanessa para quem "o país avançou, mas em ritmo lento".

Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB – MG), ao realizar esses levantamentos foi possível compreender exatamente como a campanha “Mulher, Tome Partido!” deve proceder. "É preciso capacitar, criar programas de apoio e realizar campanhas de incentivo às mulheres para que possam participar mais ativamente dos processos decisórios", disse Jô Moraes, coordenadora da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados.

Em entrevista à Rádio Vermelho, a secretária nacional do PCdoB, Liège Rocha, falou sobre a importância desta iniciativa, especialmente com a proximidade de um ano eleitoral. Segundo ela, "a organização das mulheres é fundamental para o avanço do país. E por que digo isso? Digo porque tudo o que nós conquistamos no Brasil para as mulheres foi com muita organização e luta, de modo que essa campanha contribuirá para ampliar a inserção da mulher nos espaços de poder".

A campanha é uma iniciativa da Coordenadoria de Direitos da Mulher, procuradorias da Mulher da Câmara e do Senado e conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República – SPM.

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população brasileira são mulheres, ou seja, mais de 97 milhões de brasileiras. Mas, nas eleições de 2010, apenas 45 mulheres foram eleitas deputadas federais, representando 8,77% das cadeiras da Casa. No Senado são apenas 8 senadoras das 81 vagas do Senado, o que representa menos de 10% do total.

Ouça entrevista com a secretária nacional da Mulher do PCdoB na Rádio Vermelho