Sanções contra o Irã constituem ato de guerra dos EUA

"Todas as sanções são uma violação da soberania do Irã e realmente um ato de guerra, pelo que todas devem ser levantadas", sublinhou a diretora do Centro de Ação Internacional, Sara Flounders, em entrevista concedida na sexta-feira (13) ao canal iraniano de notícias em inglês PressTV.

De acordo com a analista, os Estados Unidos não só ditam sanções contra o Irã, mas também pressionam com multas qualquer país que realize transações financeiras com Teerã. Os embargos, segundo Flounders, constituem uma ameaça para todo o mundo.

Igualmente, a especialista defendeu a opinião de que as sanções dos Estados Unidos contra o Irã foram impostas antes que se desenvolvesse o programa nuclear pacífico do país persa.

"[As sanções] vieram quando o Irã rompeu o poderio dos Estados Unidos na região e começou seu próprio desenvolvimento independente. Vieram com a Revolução iraniana, esta é a origem das sanções contra o Irã. Houve várias séries de sanções desde então e todas elas devem ser levantadas”, enfatizou.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou na quinta-feira (12), 19 pessoas e empresas iranianas e estrangeiras por "proporcionar apoio" ao programa de energia nuclear iraniano, violando assim o acordo nuclear alcançado em 24 de novembro último em Genebra, Suíça, entre o Irã e o G 5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China, mais a Alemanha).

Segundo o estabelecido no acordo de Genebra, o Irã limita certos aspectos de suas atividades nucleares pacíficas, em troca os seis países se comprometem a levantar algumas sanções existentes contra a República Islâmica e impedir a aprovação de novos embargos contra o país dentro de um prazo de seis meses.

O Irã criticou a medida de Washington de impor novas sanções e advertiu que o governo dos Estados Unidos deve assumir a responsabilidade e as consequências de tais decisões.

Hispan TV