Agressões sionistas violam diversas fronteiras no fim de semana
As fronteiras de Israel com a Faixa de Gaza, com o Líbano e com a Síria registraram incidentes graves e protestos contra a ocupação neste fim de semana. Em Gaza, um adolescente foi morto por um disparo de forças israelenses, ao aproximar-se de uma zona identificada por Israel como “militar e proibida”. No Líbano, soldados trocaram tiros com tropas israselenses e, na Síria, manifestantes protestaram contra a ocupação das Colinas de Golã.
Publicado 16/12/2013 09:05
De acordo com a emissora persa HispanTV, milhares de residentes da região do Golã sírio, ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, protestaram contra a presença sionista neste domingo (15).
O ato marcou o 32º aniversário da aprovação, pelo parlamento israelense, da anexação do território sírio de Golã, em 1982. A decisão é completamente contrária aos princípios de direito internacional sobre a anexação de territórios através da força, e uma força da ONU é mantida na região desde a década de 1970.
Os manifestantes organizaram o protesto para reafirmar a identidade síria da região e rechaçar a lei israelense, ao mesmo tempo em que asseguraram manter a resistência contra a ocupação sionista. Neste sentido, denunciaram medidas empregadas pelo regime israelense para mudar símbolos culturais da região e construir colônias.
Já na fronteira libanesa, frequentemente invadida pelas tropas israelenses, a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Unifil) afirmou que está investigando trocas de tiros deste domingo entre soldados israelenses e libaneses.
Um soldado de Israel foi morto enquanto tentava atravessar a fronteira, segundo a HispanTV, mas a missão internacional disse ainda não ter conclusões decisivas sobre o evento. “Estamos tentando determinar o que aconteceu e a investigação está em curso”, declarou um porta-voz da equipe, Andrea Tenenti. “O comandante da Unifil está em contato com as autoridades de ambos os lados, e pede a moderação”.
Nesta segunda (16), em movimento que Israel justifica como de reação e autodefesa, as tropas israelenses também abriram fogo contra os soldados libaneses. O secretário-geral do Hezbollah, movimento de resistência Islâmica do Líbano, vinha advertindo reiteradamente sobre as constantes violações israelenses do território libanês.
O governo em Beirute também denuncia frequentemente as incursões das forças israelenses no território e no espaço aéreo e marítimo libanês, embora haja resoluções e a própria missão da ONU na região para a condenação e a observação do desengajamento das tropas antes em combate direto.
E na Faixa de Gaza, um palestino foi morto no sábado (14), ao aproximar-se da fronteira com Israel, a leste da cidade palestina de Khan Younis. De acordo com autoridades de Gaza, o rapaz estava desarmado, e adentrou uma zona, ainda no território palestino, classificada pelo regime israelense de “zona militar” proibida.
O disparo contra palestinos nas proximidades das fronteiras bloqueadas militarmente por Israel é frequente, e tem como alvo inclusive agricultores e pescadores que avançam para as suas próprias terras ou espaço marítimo, mas acabam alcançando regiões determinadas como proibidas pelos israelenses.
Segundo a HispanTV, cerca de 30 palestinos foram mortos, neste ano, por disparos das tropas israelenses, nessas circunstâncias. A maioria foi morta na Cisjordânia, como foi o caso de um adolescente de 15 anos, que recebeu tiros na porta da escola, no campo de refugiados de Al-Jalazun, próximo a Ramallah, sede do governo palestino.
Da redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV