Residente Calle 13 critica cidadania dos EUA para porto-riquenhos

“Se um porto-riquenho renuncia à cidadania americana será considerado um estrangeiro e vão lhe aplicar as leis de imigração e naturalização”, explicou Residente, em seu perfil pessoal no Twitter.

Além disso, em uma entrevista ao canal RT em novembro deste ano, René Pérez expressou seu desejo de poder ter uma cidadania porto-riquenha, algo que oficialmente não existe. Ele explicou que não pode abrir mão da cidadania dos Estados Unidos porque isso implicaria, entre outras coisas, perder sua família.

“Não se trataria de valentia, e sim de ser estúpido porque se você renuncia agora, com as ridículas e fortes leis que existem, não vai poder nem trabalhar em Porto Rico”, explicou.

Em 1917 os Estados Unidos concederam a cidadania deste país aos porto-riquenhos através da Lei Jones, mas sem os mesmos direitos dos cidadãos estadunidenses, os nascidos na ilha caribenha não podem, por exemplo, votar nas eleições presidenciais.

“Agora dependemos totalmente dos Estados Unidos. Qualquer movimentação que queremos fazer precisamos pedir permissão. Nosso presidente é o Barack Obama, mas nós não votamos nele. Isso é um absurdo”, criticou Residente.

Porém o cantor deixou claro que não odeia o país Estados Unidos, apenas que está contra a estratégia aplicada há quase um século para “nos educar a sermos dependentes”.

Porto Rico foi colônia espanhola até 1898, quanto passou a ser administrado sob a juristição estadunidense. Logo, em 1952 firmou sua constituição de Estado Livre Associado aos Estados Unidos, o que dá alguma autonomia ao país, mas que ainda é muito limitada, principalmente no que diz respeito à cotação da moeda, defesa e proteção de fronteiras.

Fonte: Prensa Latina