Arafat não foi envenenado, concluem especialistas russos

De acordo com especialistas forenses russos, o líder palestino Yasser Arafat morreu de causas naturais e não vítima de um envenenamento por polônio radioativo, como fora divulgado por um relatório suíço, que em contraposição dizia que não havia provas absolutas sobre a causa da morte. A posição dos russos está em consonância com o que foi apontado pelos cientistas franceses.

Grafite em um muro de Ramalah | Foto: AP/Majdi Mohammed

"Yasser Arafat não morreu por efeitos de radiação, mas de causas naturais", disse Vladimir Uiba, chefe da Agência Federal Médico-Biológica, segundo a Interfax.

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Arafat morreu aos 75 anos em um hospital francês quatro meses após adoecer por causa de uma comida em seu complexo em Ramallah, na Cisjordânia, onde forças israelenses o mantinham isolado.

A causa oficial da morte foi um derrame, mas não foi realizada autópsia. À época, médicos franceses disseram que não puderam determinar a origem da doença.

O corpo do palestino foi exumado em 2012 por especialistas de Suíça, França e Rússia, após um documentário da emissora Al Jazeera ter apontado que as roupas do ex-líder palestino apresentavam altos índices de polônio.

A Autoridade Nacional Palestina afirma que seus próprios investigadores irão se pronunciar em breve sobre a morte do líder.

Com agências