China aborda conflitos na África e critica ingerência externa

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse nesta quarta-feira (8), em Beijing, que nenhuma parte externa pode criar conflitos na África. Ela pediu que todos tomem uma atitude certa para desenvolver as cooperações com os países africanos, e abordou os esforços chineses na mediação no conflito do Sudão do Sul, nesta quinta (9).

Hua disse que as relações amigáveis entre a China e a África nunca mudaram e que a China tem uma atitude sincera ao tratar os assuntos relacionados com a parte africana. Segundo ela, o país tem se esforçado sempre para contribuir com a paz e o desenvolvimento da África e que isso tem sido reconhecido pelos amigos africanos.

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A primeira visita do ano do chanceler chinês – cargo atualmente ocupado por Wang Yi – tem sido sempre para África, de acordo com Hua. Isso é uma tradição diplomática que demonstra a valorização da amizade entre as duas partes.

Na ocasião, a porta-voz chinesa revelou também que a China tem uma atitude aberta para as cooperações entre a comunidade internacional e a África.

O país espera que os membros da comunidade internacional possam fazer atuar de forma positiva e construtiva para o desenvolvimento do continente africano. Segundo ela, isto não significa que se vá criar um campo de combate na África, pois esse caminho nunca terá sucesso.

Sudão do Sul

A China quer promover o fim da violência entre os dois lados do conflito do Sudão do Sul. O trabalho chinês na promoção do cessar-fogo corresponde aos interesses fundamentais do povo local e é favorável à paz e à segurança da África.

Em outra coletiva de imprensa, nesta quinta (9), Hua comentou notícias recentemente publicadas pela imprensa estrangeira, que questionam a mediação chinesa na questão do Sudão do Sul.

As notícias realçam que a China tem interesse petrolífero no país e que o empenho de Beijing nas negociações não respeita o princípio da "não interferência em assuntos internos".

Na sequência destas afirmações, Hua Chunying disse ainda que a China vai continuar a defender o princípio da "não interferência em assuntos internos".

A China defende a salvaguarda da paz e estabilidade mundial e quer desempenhar um papel positivo e construtivo na promoção da paz e segurança africana. O país espera ainda promover a solução das disputas através de negociações, afirmou por fim a porta-voz.

Com informações da Rádio China Internacional