RJ: Movimentos sociais fazem 2º ato contra aumento das passagens 

Dando continuidade às manifestações que mobilizaram o país no último ano, aconteceu nessa quinta-feira (9) a Plenária do Fórum de Lutas no Rio de Janeiro. Tendo como eixo central a construção coletiva do 2º Grande Ato Contra o Aumento da Passagem no estado, o fórum terá início às 18 horas no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, na região Central, o objetivo é debater e deliberar as pautas dos movimentos sociais na construção de uma mobilização coletiva. 

Entre os atores sociais que já somaram forças nas mobilizações em 2013, a juventude carioca também estará presente, entre eles a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (AMES-RJ), a União Estadual dos Estudantes Secundaristas (UEE-RJ) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

No debate de mobilidade urbana, acesso à cidade e transporte de qualidade, o Rio de Janeiro e sua juventude são pioneiros na conquista desses direitos com momentos marcantes como a Revolta dos Bondes de 1956. Conforme relembra o presidente da AMES, João Neto, o estado deu início às manifestações pelo Passe Livre, onde também a primeira cidade do país conquistou a implantação da política pública. “Foi a AMES e os estudantes que colocaram bolinha de gude, gelo e mesa de ping pong nos trilhos dos bondes, surgindo a primeira manifestação pelo passe no Brasil. Desde que voltou a restrição ao benefício, temos ocupado as ruas em todas as jornadas de lutas”, relembra citando a forte repressão policial “que culminou no ato de 1 milhão”.

Historicamente mobilizados pela causa, o líder estudantil afirma que “o movimento demanda cada vez mais participação dos secundaristas, contando com a participação das principais escolas do Rio de Janeiro”, diz João que também irá ao Fórum nesta quinta-feira.

Veja os eixos do movimento

1- Além da revogação do aumento das tarifas, reivindicamos melhorias na qualidade de todo sistema de transportes público, incluindo metrôs, trens, ônibus e barcas, através de sua reestatização e da implementação de plena gratuidade para os usuários. Lutamos contra a dupla função motorista-cobrador e contra a precarização das condições de trabalho no setor.

2- O movimento é contra qualquer projeto por parte do Governo do Estado de caráter privatizante tanto nas áreas de esporte (destacando-se o Complexo do Maracanã) quanto da saúde, educação, segurança, infraestrutura e obviamente do transporte público. Lutamos contra as remoções de famílias, das ocupações e da aldeia do maracanã. O movimento apoia a melhoria dos sistemas públicos através de uma exigência maior de verbas para saúde e educação.

3- Pela liberdade de todos os presos, injustamente, nas manifestações passadas (mantendo esse foco caso haja novas prisões nas manifestações) e anulação de todos os processos contra os manifestantes.

4- Somos contra qualquer arbitrariedade, abuso de poder, repressão ou qualquer forma de violência letal ou não letal aos manifestantes.

5- Lutaremos pela democratização dos meios de comunicação: sem censura (maior transparência) e imparcialidade das principais redes. Fim do monopólio de informação.

Fonte: Ubes