Rosa Luxemburgo e Liebknecht homenageados por milhares em Berlim

Milhares de pessoas realizaram uma manifestação neste domingo (12) no cemitério Friedrichsfelde de Berlim, Alemanha, para homenagear os líderes comunistas Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, assassinados há 95 anos por paramilitares da extrema direita.

O corpo sem vida da líder comunista Rosa Luxemburgo foi atirado em 15 de janeiro de 1919 ao Landwehrkanal, um canal no centro de Berlim, por membros dos "Freikorps", a milícia nacionalista de direita que contribuiu para sufocar a insurreição espartaquista em Berlim, como ficou conhecido o movimento liderado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.

Liebknecht foi executado nas proximidades de um lago na periferia da capital alemã. Antes de serem assassinados, Luxemburgo e Liebknecht tinham sido presos e torturados.

Os dirigentes do partido A Esquerda Katja Kipping e Bernd Riexinger, e o líder da bancada parlamentar, Gregor Gysi, homenagearam os assassinados nol Cemitério dos Socialistas de Berlim. A tumba de Rosa Luxemburgo está vazia pois os seus restos mortais nunca foram encontrados.

Ativistas da esquerda alemã convocaram uma manifestação no monumento comemorativo e no cemitério, onde estão enterrados centenas de socialistas mortos da Segunda Guerra Mundial e militantes comunistas da República Democrática Alemã.

A esquerda alemã está debatendo sobre a oportunidade de convocar uma conferência para este ano, por ocasião do centenário da Primeira Guerra Mundial (1914).

A brasileira Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz esteve presente na homenagem aos dois revolucionários alemães. “Na Alemanha, dois grandes revolucionários ousaram denunciar a guerra e se recusaram a apoiá-la. Eram eles Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo. Rosa Luxemburgo teve grande destaque na luta pela paz, contra a guerra imperialista e o colonialismo. Por isto seu pensamento e seu exemplo de vida continuam atuais.”, declarou Socorro por telefone à redação do Vermelho.

A dirigente brasileira disse que tal como há cem anos, hoje a “gigantesca máquina de guerra do imperialismo, desta feita os Estados Unidos, é mobilizada para defender os interesses do grande capital. Em parceria com Thomaz de Toledo, um dos diretores do Cebrapaz, a dirigente escreveu artigo em homenagem a Rosa Luxemburgo que será publicado nesta segunda-feira no Vermelho.

Da redação do Vermelho