Comissão criada por Alckmin não avança em apuração sobre metrô

Integrantes do chamado Movimento Transparência, composto por representantes da sociedade civil convidados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para apurar a formação de cartel e corrupção em licitações do transporte ferroviário público do estado, continuam sem encontrar indícios que comprovem as denúncias.

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Vicente Bagnoli, representante da OAB, disse que as informações até agora coletadas pelo grupo “não são nada fora do normal”, e que foram notadas apenas “fragilidades” no sistema de licitações. “Estamos analisando algumas situações com mais profundidade, mas temos algumas situações que demonstram ‘fragilidades’ que têm de ser corrigidas, para mitigar condutas desleais, como formação de cartel, nos processos concorrenciais”, disse.

Cláudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, que também compõe a comissão formada pelo governador, alegou que o grupo não conseguiu a colaboração de órgãos como o Cadê (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o Ministério das Cidades e até mesmo o Ministério Público Federal. “Encaminhamos as perguntas, mas ninguém responde nada”, reclamou, para justificar o pouco progresso nas investigações.

Formado por 12 entidades da sociedade civil, o grupo tem o apoio da Corregedoria da Administração Estadual e já se reuniu cinco vezes para debater como apurar as denúncias de licitações fraudulentas envolvendo empresas como a Siemens e a Alstom com a participação de agentes dos governos do PSDB em São Paulo. A próxima reunião está prevista para o início de fevereiro.

Fonte: Rede Brasil Atual