Rainhas da África viram alternativa às Barbies na Nigéria

O nigeriano Taofick Okoya ficou perplexo quando descobriu, há alguns anos, que não era possível encontrar uma boneca negra para sua sobrinha. A partir de sua constatação, criou seu próprio negócio e, com peças encomendadas da China, passou a fabricar bonecas com um toque local — trajes típicos desta região da África.

Bonecas nasceram da vontade de Okoya de presentear sua sobrinha| Foto: Reuters

Sete anos depois, Okoya vende entre 6 mil e 9 mil unidades mensais das “Rainhas da África” e “Princesas Naija” e domina entre 10 e 15% do mercado local de bonecas.

Okoya agora planeja lançar bonecas alusivas a outros grupos étnicos africanos, e negocia com a rede sul-africana Game, subsidiária do Wal-Mart, para colocar seu produto em 70 lojas do continente.

Como as Barbies, as bonecas de Okoya são esbeltas, um padrão de beleza ocidental que é abominado pela maioria dos africanos adultos. Ele, no entanto, ainda espera mudar isso: “Por enquanto, precisamos nos esconder atrás da boneca ‘normal’. Quando tivermos construído a marca, poderemos fazer bonecas com corpos maiores.”