Estados Unidos não descartaram ‘opção militar’ contra a Síria

Os Estados Unidos voltaram a ameaçar a Síria, nesta quinta-feira (31), com um ataque militar, apesar de a via diplomática prosseguir. "Nós nunca eliminamos esta opção [da intervenção militar na Síria] da mesa", disse a porta-voz do Departamento de Estado estadunidense, Jen Psaki.

Equipe de peritos da ONU na Síria - Associated Press

Psaki afirmou que Washington pode considerar medidas militares contra Damasco, se o governo sírio não cumprir seu compromisso de entregar todo o arsenal químico para que, segundo o cronograma aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU), seja destruído antes do final de junho próximo.

Horas antes, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, tinha acusado a Síria de demorar mais do que o previsto para entregar seu arsenal químico aos inspetores.

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Contudo, as autoridades sírias argumentam que os possíveis atrasos ocorrem porque o país deve avançar no desarmamento químico em meio às atividades dos grupos terroristas, amplamente apoiados desde o exterior.

O plano para a destruição do arsenal químico da Síria é o resultado de um acordo alcançado em setembro de 2013 entre a Rússia e os Estados Unidos. Segundo um plano aprovado pela ONU, a destruição total das armas químicas deve terminar em 30 de junho do ano em curso.

Em meio à retórica belicista dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria, sob a infundada alegação de que o governo sírio usou armas químicas contra a população civil, Damasco aderiu em outubro do ano passado à Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas, para neutralizar as acusações de que era alvo.

Com informações da HispanTV