Metalúrgicos sul-africanos anunciam paralização de 48 horas

A União Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos de África do Sul (Numsa, na sigla em inglês) anunciou uma greve de ao menos 48 horas, a partir desta sexta-feira (31), em jazidas da empresa Anglo American Platinum (Amplats).

Metalúrgicos na África do Sul - Africa Widmi

O grupo Amplats é o maior produtor mundial de platina, com índices que representam 38% do fornecimento global, e sua sede central está no nordeste de Johannesburgo.

Esta mobilização trabalhista decorrerá de forma paralela a outro protesto mantido há semana por cerca de 70 mil filiados à Associação de Mineiros e Sindicatos da Construção (AMCU) nas províncias de North West e Limpopo.

Segundo o secretário geral de Numsa, Irvin Jim, o sindicato demanda salários mínimos superiores a US$ 250 (R$ 603,00) mensais para empregados sem especialização, subsídios de moradia, e melhoras no sistema de transporte.

A África do Sul tem um salário mínimo em média de ao redor de três mil rands ao mês (R$ 650,00), e os salários básicos para os operários especialistas no setor da mineração são de cinco mil rands (R$ 1.057,00).

O sindicato metalúrgico também exige uma jornada de trabalho de 40 horas, e que os trabalhadores não sejam obrigados pelos patrões a coincidir em dias feriados.

A Numsa, com 330 mil filiados, tem sido abertamente crítica no Congresso Nacional Africano (CNA) e, em 20 de dezembro do ano passado, anunciou sua separação do foro pró-governamental Congresso de Sindicatos de África do Sul (Cosatu).

A decisão pode ter um impacto político nas eleições gerais de maio e foi corroborada pelo recém-eleito presidente da organização Andrew Chirwa.

Fonte: Prensa Latina