Hong Kong inaugura sanções ao governo das Filipinas

O governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong anunciou nesta quarta-feira (5) a aplicação da primeira fase das sanções às Filipinas, devido à recusa do governo em pedir desculpas pela morte de oito cidadãos de Hong Kong durante o sequestro de um ônibus na capital filipina. Nesta quinta-feira (6), centenas de familiares das vítimas classificaram o governo filipino de "irresponsável".

Filipinas - AFP

A primeira fase das sanções contra o governo filipino se dá com a suspensão da isenção de vistos para passaportes diplomático e autoridades daquele país em Hong Kong.

Em 23 de agosto de 2010, um ônibus com 20 turistas da região autônoma da China foi sequestrado na capital filipina. Oito cidadãos de Hong Kong morreram e outros sete foram feridos no incidente, por causa da reação inadequada da polícia filipina.

O governo das Filipinas tem se recusado a pedir desculpas nos últimos três anos, mas anunciou que não tomará medidas de retaliação contra Hong Kong.

Segundo uma notícia publicada na página do Palácio Presidencial Filipino, sobre a entrevista concedida ao jornal estadunidense The New York Times, o presidente do país, Benigno Aquino, disse que não pretende pedir desculpas ao governo de Hong Kong.

Os familiares das vítimas instaram o governo de Hong Kong a considerar sanções mais duras contra o governo filipino, cujas autoridades, por sua vez, pediram que a região autônoma considere melhor os resultados da medida.

O presidente filipino inflamou a questão com a entrevista ao New York Times, em que reafirmou a recusa a pedir desculpas e a compensar as vítimas da reação inadequada do policial Rolando Mendoza, durante o sequestro. Aquino disse ao jornal que um pedido de desculpas arriscaria a criação de uma responsabilização legal.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências