Fitmetal discute Copa do Mundo pela ótica dos trabalhadores

Em Seminário da Fitmetal (Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil), dirigentes metalúrgicos de todo o país discutiram a agenda política das Centrais neste ano. Com o tema “O Brasil e a Copa do Mundo na ótica dos trabalhadores” o encontro contou com a presença do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva.

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Marcelino Rocha, presidente da Fitmetal participou do encontro que aconteceu em São Paulo nesta sexta-feira (07). O dirigente abriu o seminário lembrando os presentes de que está em curso uma campanha midiática para descredibilizar a Copa do Mundo. “O trabalhador deve discutir os rumos do país, não só no chão de fábrica, mas também no seio da sociedade. E a Copa do Mundo faz parte dessa discussão” diz.

O debate também contou com a presença do presidente nacional da CTB, Adilson Araujo, diretor da FitMetal, Wallace Paz e o assessor do Ministério dos Esportes, Elder Vieira. “Quando a gente pensa em Copa do Mundo, quase sempre pensamos em 32 seleções, realizando 64 partidas ao longo de 30 dias. Mas Copa vai além dessa disputa esportiva” ressalta Orlando Silva que também foi Ministro do Esporte. “A Copa é a reafirmação do Brasil no mundo. Há vários exemplos de países que transformaram a Copa e os Jogos Olímpicos em um projeto de reafirmação nacional. Por isso, sempre digo: primeira importância é subjetiva, comunicando valores em uma nova ordem que está em constante mudança”.

Segundo o vereador, um megaevento esportivo fomenta a construção de obras vitais para o país, aumenta a qualidade dos serviços prestados em alguns setores e cria um novo padrão de arenas esportivas, mais seguras, confortáveis e com a possibilidade de agregar outros eventos além dos esportivos.

“Mas se é tão bom, porque há uma turma contra a Copa do Mundo?” pergunta o ex-ministro. “O movimento ‘não vai ter Copa’ faz parte da disputa política brasileira. É a direita do nosso país e uns desavisados, sob o manto da esquerda, mas que são aparelhados e acabam servindo mais à direita”. Orlando Silva também destaca, com humor, apoio a reeleição da presidenta Dilma e ao projeto de país que resultou no projeto Copa do Mundo 2014: “falam que não vai ter Copa, mas eu digo: ‘vai ter Copa, o que não vai ter é segundo turno’”.

O gerente de projetos e chefe da representação do Ministério do Esporte no Estado de São Paulo, Elder Vieira dos Santos, também destacou que a Copa coroa um grande projeto de desenvolvimento social e projeção internacional do Brasil.

“A Copa é a celebração de um novo momento que o Brasil vive” diz ele. “Inauguramos em 2003 uma mudança de paradigma, com novas prioridades, que chamamos de ‘social desenvolvimentista’. Esse processo é difícil e contraditório, afinal, ainda há vestígios do paradigma do neoliberalismo e a coalizão é heterogênea, capitaneada pela esquerda, embora tenha a presença de ideologias de centro e de centro-direita. A Copa tá inserida nesse processo: a preocupação com o desenvolvimento nacional”.

Fonte: Fitmetal