Aldo Rebelo exige providências da Conmebol após racismo

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, telefonou, nesta quinta-feira (13) para o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Eugenio Figueredo Aguerra, e exigiu providências enérgicas que combatam e punam atitudes preconceituosas e racistas como a da torcida da equipe peruana Real Garcilaso contra o volante brasileiro Tinga, do Cruzeiro, no jogo de quarta-feira (12) à noite pela Copa Libertadores, em Huancayo.

Aldo Rebelo

Aldo Rebelo manifestou total solidariedade a Tinga. “No ano em que o mundo inteiro se une para disseminar uma mensagem contra o preconceito durante a Copa do Mundo do Brasil, é inconcebível o comportamento que vimos em Huancayo. Tinga tem todo o nosso apoio na luta contra o racismo, que, esperamos, será combatido com firmeza pela Conmebol”. disse.

Logo após a partida, a Conmebol falou sobre o episódio pelo twitter. "Sobre o tema de racismo em Real Garcilaso e Cruzeiro. A Confederação Sul-Americana analisará o tema e possíveis sanções pertinentes. Pedimos tranquilidade aos torcedores do Cruzeiro. Entretanto, sabemos que é repudiante”.

Pelo microblog, a presidenta Dilma Rousseff também se solidarizou com o atleta e repudiou o racismo no esporte. “Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru. Ao sair do jogo, Tinga disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso, hoje o Brasil inteiro está fechado com o Tinga. Acertei com a ONU e a FIFA que a nossa Copa das Copas também será a Copa contra o racismo. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito”, disse a presidenta na rede social.

Outras manifestações

O presidente da FIFA, Jospeph Blatter, também usou a conta do twitter para comentar ocorrido. "Faço coro com a presidenta Dilma ao condenar o episódio de racismo envolvendo Tinga, do Cruziero. A FIFA é contra todo ato de discriminação", disse Blatter.

Em nota oficial, a CBF informou que repudia toda e qualquer forma de preconceito dentro de fora de campo. A nota relembra que mais jogadores – Neymar, Marcelo, Diego Maurício, Roberto Carlos, Hulk , entre outros – também foram alvos de racismo.

"Não só como presidente da CBF, mas, sobretudo como amante do futebol, tenho o dever de repudiar essa prática absurda de racismo que continua acontecendo nos estádios. O futebol é símbolo de congraçamento, de alegria e não de demonstrações de preconceito e intolerância", disse o presidente da entidade, José Maria Marin.

Fonte: Portal da Copa