Venezuela: Capriles não comparece à reunião convocada por Maduro

O governador de Miranda e um dos líderes da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, não compareceu à reunião do Conselho Federal de Governo (CFB), convocada pelo presidente Nicolás Maduro para esta segunda-feira (24). No último sábado (22), o opositor havia confirmado presença, mas voltou atrás justificando sua falta como uma expressão de “rejeição a repressão aos manifestantes estudantis nas últimas semanas”.

Em uma entrevista coletiva, quase que concomitantemente à reunião do conselho, iniciada às 16h, Capriles disse que o palácio presidencial não é um local adequado para diálogo, "porque é um espaço de conflito”, e Maduro somente queria um “aperto de mãos para dizer ao mundo que tudo está bem”.

O início da reunião dos governadores foi conduzido pelo vice-presidente, Jorge Arreaza, que afirmou que esta é a segunda ausência de Capriles e lembrou que é “dever” do governador assistir às plenárias do Conselho Federal de Governo, segundo a Constituição, “a menos que haja uma causa maior”.

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Na última quinta-feira (20), Maduro convocou os opositores a comparecerem à reunião. “Aí te espero, [Henrique] Capriles, aí te espero, Henry Falcón, aí te espero, Liborio Guarulla. Não sigam fugindo do diálogo, não sigam fugindo de seu trabalho, aí os espero para falar de paz”, disse o presidente sobre os governadores de Miranda, Lara e Amazonas, respectivamente.

No encontro desta segunda-feira, o presidente venezuelano conversou com os governadores sobre diversos projetos em educação, esporte, segurança, entre outras áreas, além de avaliar as ações dentro do Plano Nacional de Paz e Convivência.

Maduro convidou os governadores e prefeitos a "territorializar o plano para convertê-lo em metas concretas". Dentro das linha estratégicas do plano se encontra o aperfeiçoamento do sistema de proteção policial; o plano de desarmamento e desmobilização dos grupos violentos; a expansão do Movimento pela Paz e pela Vida; a realização de uma turnê pela paz e pela vida; e o desenvolvimento de um plano para a contrução da paz.

O mandatário também convidou a todos os setores da sociedade do país a firmarem um acordo para renunciar a violência, no marco da realização da Conferência Nacional de Paz, na próxima quarta-feira (26).

Da redação do Vermelho,
Com informações da AVN e da Telesur