Copom: preços de gasolina, gás e telefone ficam estáveis este ano

Os preços da gasolina, do botijão de gás e da tarifa de telefonia fixa devem ficar estáveis este ano, de acordo com projeção do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Gasolina

Já a projeção de reajuste da tarifa residencial de eletricidade, para o acumulado de 2014, é 7,5%, mesmo valor considerado pelo Copom em janeiro. Essas estimativas foram divulgadas nesta quinta-feira (6) na ata da última reunião do Copom, realizada nos dias 25 e 26 de fevereiro.

Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2014, foi mantida a projeção de alta de 4,5%, valor considerado pelo Copom em janeiro. Para 2015, também foi mantida a estimativa de 4,5%.

O BC faz essas projeções para avaliar a tendência da inflação no país, na reunião do Copom, responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, e a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta tem como centro 4,5%, e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Alta dos juros

Sobre a elevação da taxa de juros em 0,25 ponto percentual para 10,75% ao ano, aprovada na última reunião de fevereiro, o Copom avalia que os efeitos do aumento da taxa básica de juros, a Selic, se acumulam e levam tempo para aparecer. Na reunião de fevereiro, o Copom reduziu o ritmo de ajustes que, antes vinha sendo de 0,5 ponto percentual.

Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, e a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta tem como centro 4,5%, e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na ata divulgada hoje, o Copom diz que entendeu ser “apropriada” a continuidade do ajuste da Selic. Isso porque, para o Copom, embora haja alguma moderação, a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses, contribui para que a inflação ainda mostre resistência. O BC reforçou ainda que a inflação “tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava”.

Nesse cenário, o BC também destaca “os mecanismos formais e informais de indexação e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação”. “Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido”, diz a ata.

Assim, o Copom considera que, “em momentos como o atual”, deve se manter “especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos 12 meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária”. “Ao mesmo tempo, o Comitê pondera que os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação são cumulativos e se manifestam com defasagens”.


Fonte: Agência Brasil