Moçambique é o país lusófono com mais mulheres no Parlamento

A nação africana de Moçambique é o país de língua portuguesa com maior representação feminina no Parlamento, revela o relatório anual da União Interparlamentar (IPU), divulgado na terça-feira (4) em Genebra, na Suíça. Em seguida, aparecem Timor Leste, Angola, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e, em último lugar, o Brasil. Os dados do relatório estão atualizados até 1º de janeiro deste ano.

Em nível mundial, Moçambique ocupa o 14º lugar, com 39,2% de mulheres no Parlamento (dos 250 deputados, 98 são mulheres). A grande presença feminina na Assembleia da República de Moçambique pode ser verificada em sua liderança: a Presidência da Casa é ocupada por uma deputada. A jurista Verónica Nataniel Macamo Dholovo é parte da bancada parlamentar da Frente de Libertação do Moçambique, organização de esquerda que lutou contra a dominação portuguesa. Ela preside o Poder Legislativo desde 2010.

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O Timor Leste está em 18º, com 38% de mulheres representadas no Legislativo – a legislação do país impõe cotas nas listas eleitorais, nas quais tem de haver uma mulher em cada três candidatos.

A 20ª posição no ranking é ocupada por Angola com 36,8% de mulheres no Parlamento, enquanto Portugal aparece em 32º lugar, com 31,2% de eleitas na Assembleia da República. Cabo Verde vem em 71º lugar, com a Assembleia Nacional constituída por 20,8% de mulheres.

São Tomé e Príncipe está na 84°posição, com 18,2% de mulheres representadas, seguido da Guiné-Bissau, no 112° lugar, com 11%. O Brasil está em 124º, com 8% de mulheres na Câmara dos Deputados e 16% no Senado Federal.

Fonte: Agência Lusa