Negociações em Brasília podem por fim a greve na Zona Franca

A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que já dura mais de 20 dias, pode chegar a um desfecho na próxima semana. O comando do movimento foi recebido em Brasília pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges, que, além de avaliar as reivindicações, discutiu com os grevistas um plano de reestruturação da carreira. 

Negociações em Brasília pode por fim a greve na Zona Franca

O ministro discutiu o assunto nesta quarta (12), na sede do ministério, com parlamentares da bancada do Norte que reforçaram as reivindicações dos trabalhadores e alertaram para as dificuldades enfrentadas pelas indústrias na região.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) afirmou que as reivindicações dos trabalhadores são justas e que o governo deve agir de forma rápida para impedir que as economias dos estados sejam afetadas pela paralisação.

A greve prejudica principalmente o serviço de liberação de mercadoria. Presente ao encontro, o presidente da Federação das Indústrias de Roraima, Denis Roberto Baú, disse que existem 4.000 carretas esperando para serem descarregadas.

A greve foi deflagrada no dia 19 de fevereiro. As reivindicações da categoria passam pela reestruturação dos salários e a deficiência na infraestrutura dos prédios da autarquia. Os integrantes do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa) dizem que a greve foi à solução encontrada diante da recusa do Governo Federal em dialogar com a categoria.

O presidente da Sindframa, Estênio Ferreira Borges da Encarnação, disse que hoje os cargos de nível superior da Suframa ganham menos que a média dos cargos de nível médio do Governo Federal. Conforme tabela apresentada pela entidade, atualmente, um auxiliar de serviços gerais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ganha R$ 4.698,04 enquanto um servidor de nível superior da Suframa recebe R$ 4.210,05. “Nosso pleito é justo, queremos apenas chegar ao patamar da média salarial dos demais órgãos”, disse.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Vanessa Grazziotin