New York Times sobre músicas de Roberto Carlos: "cópias inferiores"

Na edição do Prosa, Poesia e Política desta semana, Urariano Mota, jornalista e escritor pernambucano, reflete sobre crítica publicada pelo jornal  'New York Times', na qual é afirmado que as músicas de Roberto Carlos de "cópias inferiores". De acordo com o impresso, suas canções vão de "covers de 'Splish Splash' e 'Unchain my Heart' a surf rock, R&B com funk e baladas românticas parecidas com Julio Iglesias".

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Durante sua reflexão, o colunista da Rádio Vermelho lembrou de artigo que publciou no Vermelho, no qual apontou a relação o cantor Roberto Carlos com a ditadura. 

Urariano narra, a partir de uma análise paralela com o presente e o passado, como se edificou a figura de Roberto Carlos no cenário social, cultural e político.

"Mas é sintomático nele a passagem de cantor da juventude para o “romântico”. Essa passagem se deu na medida em que os jovens de todo o mundo deixaram de ser apenas um mercado de calças Lee e Coca-Cola, e passaram a movimentos contra a guerra do Vietnã, até mesmo em festivais de rock, como em Woodstock. Ou, se quiserem numa versão mais brasileira, o Rei Roberto se torna um senhor “romântico” na medida em que as botas militares pisam com mais força a vida brasileira. Ora, nesses angustiantes anos o que compõe o jovem, o ex-jovem, que um dia desejou que tudo mais fosse para o inferno? – Eu te amo, eu te amo, eu te amo…", afirmou o colunista em um texto publicado no Vermelho em maio de 2013.

Ouça a reflexão de Urariano Mota na Rádio Vermelho: