Em noite de homenagens, PCdoB reafirma luta pela liberdade

Os 92 anos do Partido Comunista do Brasil foram festejados, ontem à noite, num grande ato político na Assembleia Legislativa do Estado. O partido mostrou sua força, levou mais de 500 pessoas para o auditório Belarmino Lins e reafirmou seu compromisso com a defesa da liberdade.

92 anos PCdoB

“Se hoje estamos aqui nesse auditório celebrando esse aniversário foi porque o PCdoB lutou lá atrás pela nossa liberdade. Precisamos homenagear os que morreram para defender a nossa liberdade”, disse o presidente do PCdoB/AM, Eron Bezerra.

Dirigentes sindicais, trabalhistas, de juventude, estudantis, de mulheres, além de secretários de Estado, vereadores de vários municípios do Amazonas, entre outras autoridades prestigiaram o evento que teve como ponto forte a homenagem aos 40 filiados com mais de 30 anos de história. Os fundadores do partido no Estado receberam a medalha João Amazonas, instituída este ano, e um certificado para oficializar a condecoração.

“Não estamos homenageando alguém aqui por causa de seu título acadêmico ou por sua situação financeira, mas sim aqueles que por mais de 30 anos dedicaram sua vida pela construção de um outro mundo, um mundo mais justo, que talvez nem seja vivido por nós. É isso que revela a nobreza da espécie humana”, afirmou Eron.

A presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-AM), Isis Tavares, disse que tem orgulho de fazer parte do PCdoB. “O que nos caracteriza é que nós tomamos partido”.

Clodomir Barreto, dirigente do sindicato dos estivadores, também reforçou a pluralidade do partido. “O PCdoB homenageia do médico ao estivador. “Busca reconhecer os que lutam pela liberdade e por melhores condições de trabalho”, enfatizou ele, que foi um dos homenageados da noite.

Lúcia Antony, ex-vereadora de Manaus pelo PCdoB, também homenageada, ressaltou a busca por justiça. “Nesses 92 anos não houve uma única luta por justiça em que o PCdoB não estivesse presente”, disse.

“Esse é o nosso partido. Um partido de heróis, dos líderes da guerrilha do Araguaia, do ‘Petróleo é Nosso’, que ajudou a derrotar o nazismo na 2ª guerra mundial. Nosso partido começou com meia dúzia de pessoas e cabia num fusca, o fusca da Lúcia (Antony). Aquele fusca virou um transatlântico para abrigar os nossos mais de 20 mil filiados”, declarou Eron Bezerra, um dos fundadores do partido no Amazonas.

Também estiveram presentes na solenidade o deputado estadual Wilson Lisboa, a secretária de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, Alessandra Campelo, o presidente estadual da UJS, Yann Evanonick, a presidente estadual da UBM, Vanja Andréa Santos, o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Edney Martins, o presidente do Sinteam, Marcus Libório, o cônsul gera da Venezuela, Faustino Torella, além de outras autoridades.

O PCdoB também recebeu homenagem da Câmara Municipal de Manacapuru e da reitoria da Universidade Estadual do Amazonas.

Ato para denunciar movimento fascista em Manaus
Eron pediu atenção e alertou para a nova tentativa de golpe de um grupo, em Manaus, intitulado líder do movimento “Marcha pela Família com Deus”. “Esse grupo, hoje, tem meia dúzia de pessoas. Mas o golpe militar de 64 também começou assim, com meia dúzia e terminou do jeito que a gente sabe. São fascistas contra a liberdade e democracia e devem ser denunciados e combatidos”, disse.

Para isso, anunciou um ato público na próxima segunda-feira, aonde 60 militantes irão atuar como guerrilheiros do Araguaia assassinados.

De Manaus,
Mariane Cruz