PCdoB intermedia negociação da pauta da juventude na Câmara 

Os deputados do PCdoB Gustavo Petta (SP) e Jô Moraes (MG) intermediaram a audiência, nesta quarta-feira (26), entre o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), e representantes de entidades que compõem a Jornada de Lutas da Juventude. Os jovens cobraram a votação de propostas em tramitação na Câmara na área de trabalho, comunicações, direitos sociais e humanos, com destaque para o Plano Nacional de Educação (PNE). 

PCdoB intermedia negociação da pauta da juventude na Câmara - Agência Câmara

Henrique Alves lembrou que a Câmara deverá realizar um “mutirão” para aprovar propostas de interesse social na segunda semana de abril e pediu aos manifestantes que apresentem itens que possam ser incluídos nessa pauta.

Os manifestantes pediram que fosse colocado como primeiro item dessa pauta a votação do Projeto de Lei que cria regras para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de policiais conhecidos como Autos de Infração. Pela proposta, esses casos deverão ter rito de investigação semelhante ao previsto para os crimes praticados por cidadãos comuns.

O deputado Gustavo Petta, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade que compõe a Jornada de Lutas da Juventude, reforçou a solicitação ao presidente da Câmara para atenção especial às pautas da juventude, como a aprovação do PNE com a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação pública e a Reforma Política, entre outras demandas da juventude.

Jô Moraes também destacou a importância da inclusão das reivindicações das entidades de estudantes e jovens na pauta da Câmara, enfatizando a votação imediata, como quer a Jornada de Lutas da Juventude, do PNE.

O encontro não foi apenas de reivindicações. Os manifestantes elogiaram a aprovação do Marco Civil da Internet pela Câmara na noite de ontem (25) e a decisão do presidente de rejeitar requerimento apresentado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para a realização de uma sessão em homenagem ao regime militar.

Na terça-feira, Henrique Eduardo Alves anunciou a realização de uma sessão solene na Câmara sobre o golpe de 1964, marcada para 1º de abril. A solenidade será baseada em requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e terá um tom crítico ao período.

De Brasília
Márcia Xavier
Com agências