Snowden e jornalista devem receber prêmio por "revelar a verdade"

Edward Snowden, o ex-técnico informático da Agência Nacional de Segurança estadunidense (NSA, na sigla inglês), que denunciou o seu programa de espionagem, receberá o Prêmio Ridenhour por “contar a verdade”, em conjunto com a cinegrafista e jornalista Laura Poitras, que o ajudou a revelar inúmeros documentos sobre a prática da agência.

Espionagem - Jim Lo Scalzo/ EPA

O prêmio é dirigido aos responsáveis por atos de “revelação da verdade” que protejam o interesse público, promovam a justiça social ou esclareçam uma visão mais justa da sociedade.

Este é o 10º ano em que o prêmio é apresentado, após o seu estabelecimento pelo Instituto Nação e a Fundação Fertel, para honrar o jornalista investigativo Ronald L. Ridenhour, que ajudou a expor o massacre brutal em Mei Lai, durante a Guerra do Vietnã, em 1968, pelos soldados estadunidenses.

Desde que divulgou inúmeros documentos sensíveis, a partir de Hong Kong, em maio de 2013, Snowden, ex-contratista da NSA e ex-técnico da Agência Central de Inteligência (CIA) tem asilo temporário na Rússia. Se voltar aos EUA, enfrentará um processo que inclui dois atos de espionagem, o que o colocaria atrás das grades por décadas.

Laura Poitras foi a primeira a estabelecer contato encriptado com Snowden e ajudou-o a iniciar linhas seguras de comunicação com outros jornalistas. A jornalista investigativa foi detida nas fronteiras dos EUA desde 2004, após o seu trabalho no Iraque. Ela começou a trabalhar em um documentário sobre vigilância em 2011, focando nos casos de William Binney e Thomas Drake, que também foram delatores.

Os prêmios serão apresentados em 30 de abril, no Clube de Imprensa de Washington, em que Snowden e Poitras, que está em Berlim, devem participar através de uma ligação de vídeo.

Com informações da emissora Russia Today,
Da Redação do Vermelho