Coalizão pela Reforma Política é criada na Bahia
A seção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) se reuniu, nesta terça-feira (15/4), em Salvador, com oito entidades para discutir a criação, no estado, de um movimento pela Reforma Política, que já existe nacionalmente. No encontro, os participantes aderiram à proposta de fundação estadual da “Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas”.
Publicado 15/04/2014 14:50 | Editado 04/03/2020 16:15
Embora ainda não esteja fechado, o grupo será composto, inicialmente, pela OAB-BA, pelo PCdoB-Bahia, União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES-BA), União Brasileira de Mulheres (UBM-BA), União de Estudantes da Bahia (UEB), União da Juventude Socialista (UJS), Associação José Martí, Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz-BA) e a ONG Aganju.
A apresentação da coalizão baiana será feita durante uma coletiva de imprensa, marcada para acontecer no próximo dia 29 (uma terça-feira), a partir das 11h, na capital baiana. A cerimônia oficial de lançamento será no dia seguinte, na quarta-feira (30), e contará com a presença dos integrantes da OAB nacional, Aldo Arantes e Rogério Favreto.
“O objetivo é ter um movimento nosso, que contemple também as entidades que não têm representação nacional, mas que têm tradição e importância para levantar essa bandeira da Reforma Política. Queremos, com isso, ampliar o número de entidades envolvidas nessa luta”, explicou Vandilson Costa, representante da OAB-BA na coalizão.
Na reunião, também foi instalada uma comissão para mobilizar outras entidades para o ingresso ao grupo e definida a criação de uma campanha de sensibilização da população para a Reforma Política, com foco nas eleições desse ano. Serão desenvolvidas peças publicitárias e cartilhas, com informações sobre a proposta que pretende mudar a estrutura eleitoral do país.
Apesar de ter foco nas eleições, a coalizão vai continuar o trabalho para além de outubro. “Não é só durante as eleições e sobre as eleições”, explica Vandilson Costa, que apontou também a necessidade de se incorporar nas discussões outras questões, como a democratização da mídia.
Entre os principais pontos da reforma, estão o financiamento público de campanha e a lista fechada. No plano nacional, o movimento já conta com a participação de 61 entidades e o apoio de 161 dos 513 deputados federais. A coalizão elaborou o Projeto de Lei (PL) de nº6361/ 2013, que propõe uma ampla Reforma Política.
De Salvador,
Erikson Walla