Memória para uso diário
Memória Para Uso Diário é um filme que documenta a luta do grupo Tortura Nunca Mais a partir de pessoas comuns que, apesar das memórias traumáticas, fazem questão de lembrar e de fazer com que suas histórias não sejam esquecidas. Ivanilda, cuja história é acompanhada ao longo de todo o filme, busca evidências para a prisão de seu marido pelo governo brasileiro. Ele está desaparecido desde 1975.
Publicado 15/04/2014 18:38
Suas idas e vindas se misturam às ações de militantes e parentes das vítimas da ditadura, que reconstroem suas histórias pelas ruas e cemitérios clandestinos do Rio de Janeiro, em um esforço grupal situado entre esquecimento e memória.
A obra se constrói como uma trança e, assim, vários fios da vida se encontram: o fio insistente da vida de Ivanilda; os fios tão delicados das vidas de Cléa e Lola; os fios elétricos das vidas de Cecília e Flora; os fios de aço das vidas de Rosilene e Maria Dalva. Tantos fios de vida ligados por um plano comum, que é tanto o plano da edição do filme quanto o do Tortura Nunca Mais.
O filme, com 94 minutos de duração, foi eleito o melhor documentário pelo júri da ABDec e pelo júri popular do Festival do Rio 2007. A direção é Beth Formaggini.
Fonte: Observatório da Imprensa