Calle 13 participa da campanha “A mão suja de Chevron” no Equador

A dupla porto-riquenha Calle 13 visitará nesta sexta-feira (2), o campo petroleiro Aguarico 4, no Equador, para constatar o dano ambiental provocado pela Texaco, filial da petroleira estadunidense Chevron na Amazônia equatoriana.

Calle 13 - Reprodução

René Pérez, conhecido como 'el Residente', e Eduardo Cabra, 'el Visitante', chegaram na noite desta quinta-feira (1) na capital Quito, e além de se somarem à campanha A mão suja da Chevron, farão um show gratuito na cidade de Lago Agrio neste sábado (3).

Lago Agrio, cujo nome oficial é Nueva Loja, é a tradução ao espanhol de 'Sour Lake', a cidade do Texas nos EUA onde nasceu a Texaco em 1903, e que batizou com esse nome a região amazônica onde operou entre os anos 60 e 90 do século passado.

As autoridades equatorianas garantem que durante os quase 30 anos que operou na Amazônia, a Texaco derramou 16,8 milhões de barris de petróleo no ecossistema, verteu outros 18,5 bilhões de barris de águas tóxicas nos solos e rios, e queimou ao ar 235 bilhões de pés cúbicos de gás.

Também foi registrada uma alta incidência de câncer e outras doenças entre a população da região como resultado da poluição das fontes de água.

Para demonstrar o enorme dano ambiental causado, o governo começou em setembro passado a campanha 'A mão suja da Chevron', que convida personalidades, políticos e artistas internacionais a visitarem as áreas onde a multinacional operou.

Entre os que constataram a poluição da petroleira estão os atores Danny Glover e Mia Farrow, a ambientalista Alexandra Cousteau, neta do oceanógrafo Jacques Cousteau, a prefeita da cidade californiana de Richmond, Gayle McLaughling, e o líder do Partido de Esquerda francês Jean-Luc-Mélenchon.

A Chevron, no entanto, faz “ouvidos surdos” às denúncias e se nega a acatar a sentença de um tribunal equatoriano que em 2011 a condenou a pagar uma indenização de 9,5 bilhões de dólares aos mais de 30 cidadãos amazônicos afetados por más práticas extrativistas que sua filial Texaco usou.

Fonte: Prensa Latina