PCdoB-CE ratifica projeto eleitoral para avançar nas mudanças

Os membros da Comissão Política do PCdoB-CE voltaram a se reunir neste sábado (17/05). Na pauta do encontro, a análise do cenário político, tanto nacional quanto estadual. Os dirigentes comunistas reafirmaram, durante a reunião, o projeto eleitoral do Partido para este ano e reforçaram a importância de manter a base dos partidos aliados para garantir estas conquistas.

Em sua intervenção, Luis Carlos Paes, presidente estadual do PCdoB-CE, fez um balanço do atual cenário político nacional. Em sua fala, destacou a ampla campanha de desgaste do governo por parte das forças conservadoras que tentam, através de uma cotidiana e massacrante campanha midiática, apresentar uma situação de descontrole econômico e de caos social, que não corresponde à realidade do país. “Incentivam, de forma irresponsável, movimentos violentos contra a realização da Copa do Mundo, como se ela fosse responsável pelos problemas seculares de injustiça e desigualdade social que, não custa dizer, tem sido reduzidos nos últimos onze anos. Na realidade, a Copa propiciou uma grande oportunidade para que importantes e necessárias obras de infraestrutura urbana, portos e aeroportos tenham sido realizadas ou estejam em execução”.

Paes destacou ainda que “a direita modernosa tucana, ao priorizar uma campanha de falso moralismo e de denúncia monotemática da corrupção e de ataques aos partidos e à política, se assemelha a velha UDN e sua tática do ‘mar de lama e de corrupção no País’ responsável pelo suicídio de Vargas em 1954 e a deposição de Jango, dez anos depois, que resultou em 21 anos da mais perversa ditadura implantada no País”. “Ao mesmo tempo, tentam enxovalhar a imagem da Petrobrás, empresa símbolo do Brasil, a partir de uma análise deturpada de uma única operação de compra de refinaria no exterior, sem levar em conta, o que é essencial, a multiplicação do patrimônio e do faturamento da petroleira nos últimos onze anos. Ou ainda, o fato de, através da opção de adquirir plataformas e navios produzidos no Brasil, ter ressuscitado e ampliado a indústria naval brasileira, criando milhares de empregos de qualidade e, por último, a descoberta do Pré-sal e a implantação do sistema de partilha em substituição ao sistema anterior de concessões, fortalecendo o controle nacional sobre a riqueza extraída do fundo do mar. Isso não pode ser admitido pela elite vende-pátria, representada por Aécio e a grande mídia. Essas questões mostram que a direita conservadora está cada vez mais intolerante e não admite uma quarta vitória das forças democráticas e progressistas”.

O dirigente comunista citou pesquisa realizada pelo jornal Valor Econômico (SP), em solenidade de entrega do prêmio Executivo de Valor, realizada no último dia 5 de maio, quando foram consultados 103 dirigentes empresariais e 72 se manifestaram a favor de Aécio; 17 por Eduardo Campos e apenas 3 declararam apoio a Dilma. “O resultado da enquete, embora sem relevância estatística, salienta a opção da elite brasileira, avessa a qualquer possibilidade de avanço democrático e social no País”, afirma Paes que considera a candidatura de Aécio Neves (PSDB), apesar do esforço de Eduardo Campos (PSB) para se credenciar nesse segmento, se consolida como o favorito para a tentativa de reconquista do governo pelos defensores do projeto neoliberal. “A verdade é que as eleições deste ano serão de forças opostas, que representam a continuidade ou o retrocesso. Por isso temos que jogar pesado, exercendo nossa influência junto ao parlamento, prefeituras e, principalmente junto aos movimentos sociais, de forma que esteja em debate o programa avançado defendido pela base aliada em confronto com o que o bloco de direita defende”.

Para Paes, a defesa de reformas democráticas, dentre elas as Reformas Política, Urbana, Agrária, Tributária e a democratização da mídia, entre outras, devem mobilizar a sociedade e o povo “para garantir sua quarta vitória, fortalecendo as forças democráticas e progressistas neste processo”.

Ceará em destaque

Luis Carlos Paes considera que, no Ceará, as eleições também estarão impactadas pelo cenário nacional. “Temos grande responsabilidade de impedir que estas forças conservadoras voltem ao poder”, considera.

No Estado, os nomes que farão parte da chapa majoritária da base aliada ainda estão indefinidos. Os dirigentes do PCdoB-CE continuam com as articulações, diálogos e encontros com representantes de várias legendas, com o objetivo de manter a base aliada e garantir o projeto eleitoral dos comunistas. “Nós fazemos parte do projeto nacional que consiste em eleger Flávio Dino governador do Maranhão, reeleger Inácio Arruda e mais dois senadores, além de aumentar as bancadas de deputados federais e estaduais em todo o País”.

Os membros da Comissão Política reafirmaram, durante o encontro, o projeto eleitoral estadual do PCdoB: a reeleição de Inácio Arruda para o Senado e de Chico Lopes e João Ananias para a Câmara Federal, além de triplicar a bancada de deputados estaduais comunistas na Assembleia Legislativa.

“Estamos caminhando no rumo de fortalecer nossa chapa própria para garantir nossos deputados estaduais e reforçar a campanha dos candidatos a federais. Nos encontros regionais que estamos realizando em diversas regiões do Ceará, já percebemos o grande potencial de votos em candidaturas no interior. Diria que, a preço de hoje, estamos bem posicionados para conquistar pleno êxito no nosso projeto eleitoral. Para isso, vamos precisar estar com nossa turma cada vez mais unida e convicta, comprando este projeto. Podemos sair das próximas eleições com uma grande vitória, o que representará o fortalecimento do PCdoB no Ceará”, ratifica Paes.

De Fortaleza,
Carolina Campos