Inácio Arruda defende participação popular nas decisões políticas

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) defendeu a atitude do governo brasileiro de buscar mecanismo de ampliar a participação popular. Ele lembrou que foi do Congresso, a Constituinte, que partiu a intenção de ampliar essa participação.

“A Constituição fala que o poder será exercido através dos seus representantes devidamente eleitos – Senadores, Deputados, Presidente da República, e indiretamente, pelo povo, através de mecanismos que nós temos que constituir e ampliar. Alguns, a Constituição já fala diretamente – plebiscito, referendo, mas nós podemos ampliar esses mecanismos, e é saudável que o façamos”.

Ele ressalvou, porém, que “uma parte restrita, das grandes elites brasileiras, não gosta de participação popular, nunca gostou, e teve participação direta em momentos de exceção do nosso País, entre eles de golpe de Estado. Então, esse que é o problema central”.

Para o parlamentar, o problema, no Brasil, não é a participação direta da população e lembrou que “o deputado federal por dois mandatos pelo Estado do Ceará e escritor José de Alencar virou inimigo do rei, e uma das razões de ter virado inimigo do rei é porque passou a constituir os seus jornais para dar sua opinião, para ampliar o processo de consulta. Está bem, o seu adversário dá uma opinião em um jornal, e ele dava a opinião no jornal dele. Ponto final, estava resolvido o problema”.

Atualmente, porém, “só poucos têm condições de editar um jornal, só poucos têm um controle das concessões públicas de rádio e televisão. Isso é colocado em uma meia dúzia de mãos no Brasil, que dão a opinião que querem, que formam a opinião que querem, que bloqueiam a informação para o povo brasileiro, que dificultam o acesso à informação, que criam uma imagem negativa do Brasil, como fizeram agora com a Copa do Mundo, extravasando o seu cunho oposicionista através do controle que têm da mídia brasileira”.

Inácio defendeu que “nós estamos necessitados, no Brasil, de democratização da mídia, sem cercear ninguém. É aqui que está o problema: democratização da mídia brasileira. Há vários projetos para isso; estão tramitando no Congresso Nacional, na Câmara e no Senado, e a dificuldade é imensa. Às vezes, os que se levantam contra a participação popular são os mesmos que inibem a democratização da mídia em nosso País”.

O senador destacou que já foi votado na Casa, “e espero que seja votado na Câmara, um projeto de lei que garante, pelo menos, o direito de resposta sobre as opiniões acerca de ideias, de projetos e, às vezes, até da tentativa de enlamear a imagem de um ou outro em função da sua posição política e ideológica no cenário da batalha que se trava pelo poder em nosso País. Muitos profissionais da imprensa, editorialistas e blogueiros sérios do nosso País se manifestaram a respeito dessa lei, a respeito desse decreto. Acho que está de bom tamanho se nós tivermos o prazer de poder debater, aqui, no Senado Federal e no Congresso Nacional, essa matéria”, finalizou.

Fonte: Assessoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)