Raúl Castro denuncia ações ilegais contra governos soberanos

O presidente cubano, Raúl Castro, denunciou neste domingo (15) na Bolívia a crescente promoção de ações ilegais, encobertas e subversivas, assim como o uso do ciberespaço para tentar desestabilizar países que não aceitam ingerência nem tutela.

Castro sustentou que qualquer nação pode ser objeto de ataques informáticos dirigidos a fomentar a desconfiança, a desestabilização e conflitos potenciais. As afirmações do líder cubano foram feitas ao intervir na sessão plenária da Cúpula do Grupo dos 77 (G-77) mais a China, realizada na cidade de Santa Cruz.

"Como denunciamos, é crescente a promoção de ações ilegais, encobertas e subversivas, assim como o uso do ciberespaço para tentar desestabilizar-nos, não só Cuba, mas também países cujos governos não aceitam ingerência nem tutela", disse o líder cubano.

Hoje o caso mais nítido é a Venezuela, contra a qual são empregados os meios mais sofisticados de subversão e desestabilização, inclusive as tentativas de golpe de Estado, segundo as concepções da guerra não convencional que os Estados Unidos hoje aplicam para derrocar governos, subverter e desestabilizar sociedades, assinalou.

Na atualidade – apontou – se transgride a soberania dos Estados, violam-se os princípios do Direito Internacional e os postulados da Nova Ordem Econômico Internacional, impõem-se conceitos que tentam legalizar a ingerência, usa-se a força e se ameaça com seu uso de maneira, são utilizados os meios para promover a divisão.

Ainda ecoa em nossos ouvidos aquela ameaça contra "60 ou mais obscuros rincões do mundo” do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, obviamente, todos países membros do Grupo dos 77, afirmou.

Castro indicou que por mais de 50 anos, Cuba tem sido vítima de um genocida bloqueio norte-americano; de ações terroristas que custaram a vida de milhares de nossos cidadãos, e têm provocado enormes danos materiais.

Segundo o presidente cubano, a absurda inclusão de Cuba na lista de "Estados Patrocinadores do Terrorismo Internacional" é uma afronta a nosso povo.

Mas, ressaltou, durante todos estes anos, sempre temos recebido a firme solidariedade dos membros do Grupo dos 77 maia a China, pelo que agradeço em nome do povo cubano.

Raúl Castro sublinhou que é necessário exercer a solidariedade com aqueles que sofrem ameaças de agressão.

"Aproveitemos este 50º aniversário do Grupo dos 77 para renovar nosso compromisso comum de concertar esforços e estreitar fileiras para construir um mundo mais justo", concluiu.

Prensa Latina