Conselho Nacional de Paz canaliza participação social na Colômbia

Segundo o alto comissário pela paz da Colômbia, Sérgio Jaramillo, o Conselho Nacional de Paz, reativado recentemente pelo presidente Juan Manuel Santos, poderá canalizar o desejo de participação da sociedade colombiana nos diálogos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

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Em um encontro com mais de 200 organizações e setores que fazem parte desta iniciativa, Jaramillo apontou que o povo deu um mandato para a paz – referindo-se à reeleição de Santos no último domingo (15) – e disse que é preciso saber interpretar e respeitar essa vontade. “O país nos deu um mandato e temos que cumpri-lo”, ressaltou o funcionário.

Durante o evento, que analisou a conformação e as funções do Conselho Nacional de Paz, Jaramillo convidou os participantes a pensarem maneiras de fortalecer a busca pela paz, o que implica em escutar as diversas vozes que pediram mais participação nas conversações com a guerrilha. Da mesma forma, ele pediu aos membros do Conselho que reflitam sobre como transformar o desejo de contribuir aos diálogos em algo que realmente ajude na construção da paz.

Luis Eduardo Garzón, coordenador do Conselho, disse em entrevista à Telesur que a reativação do organismo permite que muitos setores da sociedade “que não estão participando o tempo todo e, de maneira coordenada, agora podem estar presentes”. Com isso, é possível conhecer as propostas da sociedade e encaminhá-las às mesas de negociação.

No começo de junho, um novo acordo no âmbito dos diálogos de paz realizados entre o governo colombiano e as Farc, definiu que as vítimas do conflito também participarão das reuniões em Havana, Cuba – onde as partes negociam o fim do conflito desde 2012.

Andamento do processo

O governo colombiano e as Farc negociam a paz em um processo que já dura um ano e meio. Desde então chegaram a acordos parciais em três pontos da agenda (são cinco no total): desenvolvimento agrário integral, participação política e solução ao problema das drogas ilícitas.

Nos próximos dias, as partes devem iniciar uma coversa de maneira paralela sobre os temas restantes: vítimas e o fim do conflito.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina e Telesur