China reage a manobras militares iniciadas pelos EUA e Filipinas

A defesa da paz e da estabilidade do Mar do Sul da China (ou Mar Oriental) é de interesse comum no mundo, afirmou nesta quinta-feira (26) o porta-voz do Ministério chinês da Defesa Nacional, Yang Yujun. No mesmo dia, as marinhas das Filipinas e EUA começaram uma manobra militar conjunta que durará até 1º de julho, na região, no seguimento da maior presença belicosa para a "contenção" da China.

Filipinas EUA - Reuters

Cerca de 700 militares norte-americanos e 300 filipinos participam das manobras militares no Mar Oriental, ou Mar do Sul da China, iniciada nesta quinta-feira (26).

Segundo a declaração da Embaixada dos EUA nas Filipinas, a marinha norte-americana disponibilizará o destruidor Halsey DDG-97, o mais da esquadra, entre outros navios, caças e fuzileiros para a manobra, que inclui uma operação marítima conjunta, desembarque anfíbio, salvamento de mergulho, patrulha marítima e voo de reconhecimento.

Leia também:

China exige respeito à soberania e comemora princípios de coexistência
EUA enviam drones capazes de espionar China e Coreia ao Japão
Após ensaio militar com EUA, sul-coreanos criticam Coreia Popular
China critica política dos EUA na região e apela à estabilidade
Ásia-Pacífico: Viagem de Obama reflete política intervencionista

Respondendo às acusações de movimentação provocativa no Mar Oriental, Yang Yujun disse, em coletiva de imprensa, que a China responde às provocações de outros países em sua vizinhança, apesar de o governo chinês sempre apelar ao respeito da soberania e à manutenção da estabilidade, com base no direito internacional e nas responsabilidades históricas.

"As disputas devem ser resolvidas pelos países interessados através de negociações," disse o porta-voz, instando os países que continuem provocando confrontos a assumir as responsabilidades e as consequências. Yang referiu-se às disputas territoriais da China com alguns vizinhos, questões cada vez mais incluídas na agenda dos Estados Unidos para a região, e ao rearmamento do Japão em detrimento das "lições da história", novamente com apoio estadunidense.

O porta-voz também abordou o caso das ilhas de Nansha, que a China acusa as Filipinas de terem ocupado ilegalmente desde a década de 1970, em violação do direito internacional e, no final do ano passado, o governo filipino anunciou a construção de uma pista de decolagem e instalações militares nas ilhas, provocando forte oposição por parte da China.

Interferindo nestas e outras questões regionais, os EUA têm estabelecido parcerias militares com diversos países da vizinhança chinesa, no âmbito do seu projeto declarado de aumentar a sua presença na região Ásia-Pacífico. Além disso, diversos acadêmicos cujo trabalho sustenta a formulação da política externa norte-americana chegam a afirmar a "necessidade" de contenção da China para a manutenção da hegemonia estadunidense.

No sentido oposto, a China tem apelado repetidamente pelo estabelecimento de relações de amizade e respeito ao direito internacional a nível global e regional, na busca por consolidar a integração asiática e repelir o intervencionismo ocidental desestabilizador.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional