Agência da ONU para refugiados apoia campanha de gênero

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a ONU Mulheres anunciaram apoio a uma campanha para acabar com a discriminação de gênero. A iniciativa internacional foi lançada na semana passada por uma coalizão de grupos da sociedade civil, com o objetivo de pedir aos países que reformulem suas leis para que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens em relação à cidadania.

Segundo o Acnur, atualmente 27 países têm legislações nacionais que proíbem mães de passar a sua nacionalidade para os filhos, como acontece com os homens. Além disso, as mulheres podem ficar numa situação vulnerável, apátridas, em mais de 60 nações que não permitem que elas adquiram, mudem ou mantenham sua nacionalidade.

Para o Acnur e a ONU Mulheres, alcançar a igualdade de gêneros nas leis de nacionalidade vai representar um grande impacto numa das maiores causas de perda de cidadania. Além disso, é um passo importante para assegurar a igualdade e a não discriminação em todo o mundo.

A agência da ONU cita avanços em vários países que reformularam suas leis neste setor. Na última década, 11 nações concederam os mesmos direitos de nacionalidade a homens e mulheres. Entre eles estão Egito, Argélia, Indonésia, Marrocos, Quênia e Zimbábue.

A notícia foi transmitida pela rádio da Organização das Nações Unidas (ONU) e pode ser ouvida a seguir: