Agressão criminosa a Gaza atinge a unidade nacional palestina

Os criminosos ataques israelenses contra o povo palestino visam enfraquecer a unidade nacional e as instituições palestinas, afirma um comunicado oficial divulgado em Ramallah, nesta sexta-feira (11).

Ataque de Israel a Gaza - Reprodução

A ofensiva militar de Tel Aviv inclui o castigo coletivo ao povo palestino na margem ocidental do Rio Jordão, em Israel, e na Faixa de Gaza, informa a declaração do Departamento de Assuntos das Negociações.

O texto circula junto a um pedido de ajuda dos hospitais em Gaza, à beira do colapso devido à quantidade de feridos pelos bombardeios da Força Aérea israelense que mataram 85 pessoas, a metade mulheres e seus filhos crianças, e deixou cerca de 300 feridos, segundo informações parciais.

Enquanto isso, a potência ocupante, Israel, diz o comunicado, deveria se ater ao que estabelece a lei humanitária internacional. No entanto, continua violando o direito internacional de maneira sistemática através da persistente colonização, expropriações e agressões na Palestina, destaca.

O texto aponta também que a retirada das tropas de Tel Aviv em 2005 da Faixa de Gaza de modo algum marcou o fim da ocupação desse território, no qual residem 1,7 milhão de pessoas e é considerado um dos mais pobres e superpovoados do planeta.

Ainda que por outros meios, a ocupação militar de Gaza persiste, já que Israel controla o espaço aéreo, suas águas territoriais e a passagem de pessoas e mercadorias pelas fronteiras, destaca a nota.

Na Faixa de Gaza, a madrugada transcorreu em uma calma instável diante da possibilidade de uma invasão terrestre das tropas de Tel Aviv concentradas na fronteira, apoiadas por blindados e após a mobilização de 20 mil reservistas decretada no começo da semana.

A possibilidade de deter os ataques continua remota depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou na quinta-feira (10), que o tema "não está na ordem do dia". Ficou claro também o uso eleitoral do problema.

Na última quarta-feira (9), o chanceler e presidente do partido sionista de extrema direita Yisrael Beitenu, Avigdor Lieberman, partidário da anexação dos territórios ocupados, dissolveu a aliança eleitoral com a coalizão Likud de Netanyahu por divergências sobre a política que deve ser seguida em Gaza.

Lieberman demanda a reocupação da Faixa, que deseja anexar a Israel, mas Netanyahu avalia a opção devido às suas implicações regionais e internacionais, em particular pelo efeito que poderia ter um êxodo em massa de palestinos para a península do Sinai, território egípcio.

O Egito e a Jordânia são os dois únicos países árabes que assinaram um acordo de paz com Israel, e no Cairo são cada vez mais volumosas as vozes que pedem a revogação dos acordos devido aos atropelos de Tel Aviv contra os palestinos.

Prensa Latina