Movimentos sociais e Fundações debatem o papel social do Brics

Serão realizadas três atividades paralelas, na segunda-feira (14) acontece o seminário “Os Brics e a Reforma da Governança Global”, promovido pelas fundações Maurício Grabois, Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Perseu Abramo e Ulysses Guimrães. Já na terça-feira (15), acontecem duas atividades, o 3º Fórum Do Brics Sindical e o seminário “Os BRICS e a Luta pela Paz Mundial”, organizado pelo Cebrapaz em parceria com CTB, UBM, UJS e UNE.

O seminário promovido pelas fundações acontece no Auditório Murilo Aguiar da Assembleia Legislativa do Ceará, entre 14h e 19h. Acontecerá também uma oficina, cujo tema é “O Brasil e o Brics”. O objetivo da oficina é acompanhar e se aproximar dos debates governamentais dos países em desenvolvimento com maior atenção, a partir de uma reflexão que antecipe e avance os temas atuais do agrupamento.

Já o Brics Sindical é promovido por centrais sindicais dos países que compõem o agrupamento. Esta será a 3ª reunião do movimento sindical em cúpulas do Brics e contará com a participação de 150 delegados dos cinco países. As atividades serão divididas em duas mesas temáticas: “Desenvolvimento sustentável e inclusão social” e “Brics – Diálogo social e ação sindical”. Os participantes esperam entregar à presidenta Dilma Rousseff a “Carta de Fortaleza”, documento a ser desenvolvido com base nos debates.

O Brics contra o Imperialismo

O Cebrapaz, em parceria com CTB, UBM, UJS e UNE promove o seminário “Os Brics e a luta pela paz mundial”. O debate acontece na Assembleia legislativa do Ceará, a partir das 14h desta terça-feira (15). De acordo com a presidenta do Cebrapaz, Socorro Gomes, esta é uma oportunidade para os movimentos sociais debaterem o papel importante que este agrupamento tem na busca pela paz e a soberania dos povos.

“Vamos debater o papel que estes países [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] jogam na cultura de paz, contra as guerras e o combate à ingerência do imperialismo para garantir a soberania das nações”, afirmou Socorro.

Para ela, todos os continentes que compõe o Brics sofrem, em maior ou menor escala, com a ameaça constante do imperialismo norte-americano que conta com uma “máquina mortífera de guerra, a Otan”, e não titubeia ao invadir países e violar os direitos humanos.

Na ocasião os movimentos sociais vão debater também a garantia de voz de todos os países em organismos internacionais como a ONU, que os Estados Unidos insiste em monopolizar e manipular conforme suas necessidades, ignorando os processos de paz e a garantia dos direitos humanos aos povos do mundo.

“Eles [Estados Unidos] têm bases militares, centros de controles navais e marítimos no mundo todo, e além disso, um grande aparato de espionagem que nós já sabemos, por isso vamos debater o combate ao imperialismo. A importância do Brics é grande em busca do progresso econômico, mas também na busca pela paz para que seja possível a construção de um novo paradigma, voltado à cultura de paz, ao combate ao imperialismo e à garantia da soberania dos povos”, disse Socorro.

A mesa do seminário contará com a presença de Socorro Gomes e representantes de todas as entidades organizadoras.

Mariana Serafini, da redação do Vermelho