OMS destaca Cuba pela formação de médicos estrangeiros

Cuba forma hoje médicos de muitas nações, também dos Estados Unidos, uma contribuição generosa, solidária e gratuita da ilha para quem precisa, um compromisso incrível com o mundo, destacou a diretora da OMS.

Elam Cuba

Durante sua visita a Havana, Margaret Chan, diretora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou que o mundo necessita ainda de milhares de médicos e enfermeiras e destacou o papel da nação cubana na preparação de profissionais de saúde da Ásia, África, América do Norte e América Latina.

"Em minhas conversas com o presidente Raúl, este me ratificou que continuarão oferecendo esta formação àqueles que necessitem, ainda que eu esteja de acordo em que aqueles que possam pagar pela educação o façam", disse Chan, ontem em coletiva de imprensa.

Reiterou que o país está comprometido não só com a saúde de seu povo, mas com a da região e de outras partes do mundo, graças à solidariedade que expressa.

Ao se referir à situação epidemiológica atual, a diretora da OMS explicou que atualmente emergem doenças como o ebola em países da África ocidental, onde pela primeira vez se registram surtos deste vírus.

Manifestou que recentemente se registraram quase 900 casos. "São demasiados; e trata-se de uma doença grave, onde cerca de 60 e 80% das pessoas que a contraem morrem".

Comentou que o controle se torna difícil pela complexidade deste cenário, com práticas culturais estagnadas no tempo que favorecem a propagação da doença, e onde os recursos humanos e as capacidades dos sistemas de saúde são frágeis.

Também falou sobre os desafios da mudança climática, e sua influência na saúde, um tema que considera primordial no século 21, em particular nos estados insulares porque se avizinham eventos climatológicos extremos, secas e inundações que afetam a agricultura e o desenvolvimento.

"Cuba tem entendido os riscos e toma as medidas necessárias", enfatizou Chan.

Por outro lado, destacou a importância da transferência tecnológica, campo no qual os cubanos têm muito a contribuir, em particular no tratamento das doenças crônicas não transmissíveis como o câncer, a diabetes e as doenças vasculares cerebrais.

Destacou que é imprescindível se unir e compartilhar conhecimentos e tecnologias para contribuir através da colaboração na disponibilidade de medicamentos a preços acessíveis.

A acessibilidade a serviços médicos de qualidade é um direito humano e Cuba acredita nisso, enfatizou a doutora Chan.

Fonte: Prensa Latina