Aécio Neves e Eduardo Campos semeiam ilusões e fazem agressões

Evasivas e respostas incompletas deram o tom à sabatina do candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves, na quarta-feira (16). O evento foi promovido pelo portal UOl, Folha de S. Paulo, Rádio Jovem Pan e SBT.

Eduardo Campos e Aécio Neves

Na entrevista, o único ponto que ficou totalmente esclarecido sobre a proposta de governo do tucano é a manutenção ou a clonagem de programas criados pelos governos de Lula e Dilma, como o Bolsa Família e o Mais Médicos.

Segundo ele, na política é comum se copiar iniciativas que têm êxito. “Não há nenhum constrangimento nisso”, afirmou.

A resposta causou estranheza aos entrevistadores. Os dois programas foram anteriormente alvos de duras críticas dos tucanos.

O Bolsa Família, que retirou mais de 50 milhões de pessoas da extrema pobreza, foi chamado de “bolsa miséria”.

Já o Mais Médicos, que distribuiu mais de 14 mil profissionais em regiões pobres e afastadas dos grandes centros, foi classificado como “80% propaganda” pelo presidenciável. Agora, o tucano mudou de opinião e avalia que essas iniciativas “dão certo”.

Na sabatina, Aécio afirmou ainda que mudará as formas de remuneração dos profissionais estrangeiros, mas não explicou como.

Pouco antes, o tucano prometeu que não governará pensando na “curva de popularidade”. Em entrevistas anteriores, Aécio afirmou que tomaria medidas impopulares caso fosse eleito, mas mudou o tom de sua conversa após receber críticas de parte da mídia.

Eduardo Campos

Por seu turno, o candidato Eduardo Campos, da coligação PSB-Rede-PPS, também sabatinado, atacou mais uma vez a presidenta Dilma Rousseff, no afã de se credenciar como principal candidato oposicionista. Para o ex-governador de Pernambuco, Dilma é a única governante a entregar o país pior do que encontrou.

O candidato cometeu dois erros e fez uma confissão. O erro é supor que Dilma vai “entregar” o país, uma vez que, com a força do povo, ela liderará um novo governo, que consistirá na quarta vitória consecutiva das forças progressistas. O segundo erro fica patente pela realidade do país, que melhorou, e muito, sob o governo da presidenta Dilma.

Quanto à confissão de Eduardo Campos, é algo que as forças progressistas já tinham descoberto, mas que permanecia um segredo para o povo: o candidato do PSB tem como uma de suas principais referências o governo entreguista e corrupto de FHC, que deixou uma herança maldita para o país.

Da redação do Vermelho e Agência PT de Notícias