Frentistas da Bahia cruzam os braços contra intransigência patronal

A greve deflagrada nesta segunda-feira (4) atinge postos de combustíveis da capital, Salvador, e cidades como Feira de Santana e Camaçari. De acordo com dirigentes, cerca de 90% dos postos em todo o Estado devem ser paralisados. O objetivo da greve é pressionar os patrões a atender às reivindicações de reajuste salarial. A data-base é 1º de maio.

Frentistas Bahia - Divulgação

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia, Antonio José Santos, manifestou a indignação dos trabalhadores. “Não é justo receber um salário beirando o salário mínimo. Vamos à luta e se for ao caso vamos até o dissídio. Não aceitamos esta proposta indecente e nem vamos assinar nenhum acordo que não seja para melhorar a vida de todos nós”, enfatizou Santos.

A greve foi o último recurso da categoria já que os patrões se negam a discutir a pauta. Além do reajuste salarial de 14%, os frentistas reivindicam plano de saúde e pagamento justo dos domingos trabalhados, que hoje é de R$ 17,00 e os patrões querem cortar.

Valores de assaltos são descontados

A categoria também pede o fim dos descontos ilegais feitos nos salários referente a assaltos durante o trabalho. Caso o posto seja assaltado, as empresas descontam do salário do trabalhador os valores. “Tem funcionários que no fim do mês está devendo a empresa”, denuncia Paulo Félix, diretor de comunicação do Sindicato, em entrevista ao Portal Vermelho
.
Sindicato e patrões devem se reunir na tarde desta segunda (4) em audiência no Ministério Público do Trabalho. “Esperamos que os patrões apresentem uma proposta digna aos trabalhadores. Até agora, as propostas patronais foram de retiradas de direitos como redução do tíquete, que não chega a R$ 5,00 por dia. Assim, não temos alternativa, se não continuar a greve”, disse Félix.

Redação Portal Vermelho, com Agências